sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Marina atrapalha Dilma, dizem jornais estrangeiros

Destaque é para prejuízo de Lula com saída de ex-ministra

A saída da ex-ministra Marina Silva do PT repercutiu ontem na imprensa internacional.

Para o “La Nacion”, da Argentina, a notícia é “um duro contratempo para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que perde uma dirigente experiente, com três décadas de militância no partido”. O jornal diz ainda que, se Marina aceitar mesmo ser candidata a presidente pelo PV, Lula terá um problema extra, já que “a reputada ambientalista tem mais apoio popular que Dilma Rousseff, a pouco carismática ministra que foi escolhida por Lula como candidata do PT”.

Segundo o jornal argentino, a candidatura de Marina dividiria o eleitorado de esquerda e favoreceria o candidato da oposição, o governador José Serra. O “La Nacion” lembra que Marina é uma grande defensora da Amazônia e deixou o Ministério do Meio Ambiente por suas divergências ambientais com Dilma no governo.

E diz que a ex-ministra também se recusou a apoiar o presidente do Senado, José Sarney, a pedido de Lula.

O chileno “El Mercurio” diz que a provável candidatura de Marina pode atrapalhar os planos de Lula para eleger Dilma porque a ex-ministra atrairia os votos femininos e de esquerda.

Meio ambiente de volta à agenda política do país Reproduzindo reportagem da AP, os jornais americanos “Washington Post” e “New York Times” destacaram que a saída de Marina do PT é uma perda para Lula por causa dos planos do presidente para 2010.

O britânico “The Guardian” disse que Marina decidiu sair do partido afirmando que os políticos falharam em não dar atenção suficiente para a causa ambiental. Segundo o jornal, os apoiadores de Marina esperam que ela, ao concorrer à Presidência em 2010, ponha o “meio ambiente de volta à agenda política do maior país da América do Sul”.

O também britânico “Financial Times” lembrou que a senadora dividirá os votos prógoverno “naquela que deveria ser uma corrida entre os candidatos do governo e da oposição” e disse que sua saída deve agravar a “crise crescente” que assola o governo e o PT.

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