domingo, 20 de junho de 2010

Adversários não são inimigos, afirma Serra

DEU EM O ESTADO DE S. PAULO

"Quanto mais mentiras disserem a nosso respeito, mais verdades diremos a respeito deles", diz candidato do PSDB durante a convenção do PTB

Fausto Macedo

O candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, foi contundente ontem, no encerramento da convenção nacional do PTB, em São Paulo, ao definir o estilo de seus adversários.

"Às vezes tem gente que pensa que você se comporta como eles se comportariam em determinadas circunstâncias. Às vezes te acusam de coisas que você nunca fez, não porque eles tenham provas. Porque eles pensariam: "não, se eu estivesse no lugar dele, estaria fazendo isso, estaria passando a mão aqui, estaria fazendo aquilo, estaria perseguindo aqueles que estiveram no governo". Nós não. Nós não tratamos adversários como inimigos, nós tratamos como competidores. Não encaramos como inimigos que têm de ser destruídos".

Ao apontar para o caso do suposto dossiê que integrantes da equipe de sua oponente, a candidata do PT à Presidência Dilma Rousseff, teriam preparado contra ele, Serra foi enfático: "Eu já disse. Quanto mais mentiras disserem a nosso respeito, mais verdades nós diremos a respeito deles. Quando eles querem nos destruir, nós nos defendemos."

O tucano destacou que "não é de fazer picuinhas, de fazer pinimbas, de brincar com o interesse público". Ao criticar opositores, que espalham entre os eleitores que eventual governo do PSDB vai acabar com o Bolsa-Família, Serra enfatizou: "Ninguém destrói coisas feitas, que podem ser melhoradas. Se não estão funcionando bem, podem ser melhoradas. A gente toca para a frente, a gente revoga as besteiras feitas, as coisas erradas. O que está feito, mesmo que não esteja muito bem feito, a gente conserta, aperfeiçoa, não muda de nome e toca para frente".

Serra anunciou metas de governo e citou um episódio da campanha à Prefeitura de São Paulo, em 2004, em que ele venceu a candidata do PT Marta Suplicy, que buscava a reeleição. Contou que sua opositora, na ocasião, havia criado o bilhete único e que, durante a campanha, os petistas sustentavam que ele iria acabar com esse sistema. "Eu ganhei a eleição. O que nós fizemos? Cheguei ao governo, criamos o bilhete único para ônibus, metrô e trens urbanos."

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