terça-feira, 6 de julho de 2010

Serra e Dilma abrem campanha pelo Sul tucano

DEU EM O ESTADO DE S. PAULO

Tucano vai ao Paraná para corpo a corpo ao lado de Richa; petista investe no Rio Grande do Sul, onde tenta reduzir vantagem do rival

João Domingos / Brasília e Evandro Fadel / Curitiba

Na largada oficial das campanhas, os dois principais candidatos à Presidência, José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT), elegeram duas capitais do Sul do País para seus primeiros contatos, hoje, com os eleitores. Serra faz caminhada no centro de Curitiba (PR), a partir de meio-dia, e Dilma visita Porto Alegre (RS).

No Paraná, Serra fará corpo a corpo ao lado de Beto Richa, ex-prefeito de Curitiba e, segundo as pesquisas, favorito na disputa pelo governo do Estado. Caminharão pelo calçadão da rua das Flores até a Boca Maldita, concorrido centro de encontros políticos desde os tempos das Diretas Já.

Uma ausência garantida é a do senador Álvaro Dias (PSDB)? que foi indicado para ser o vice da chapa de Serra e perdeu a chance porque seu irmão, o senador Osmar Dias (PDT), decidiu sair candidato pela aliança pró-Dilma. Segundo sua assessoria, Álvaro Dias ficará em Brasília para um esforço concentrado de várias votações no Congresso. A coligação pró-Serra no Paraná reune ao PSDB outros 13 partidos.

Depois dos eventos no centro da cidade, Serra e Beto Richa seguem até o Bairro Parolin, onde visitarão obras sociais ? algumas delas financiadas pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal. No bairro moram muitos carrinheiros, que recolhem o lixo reciclável de Curitiba. Em seguida o grupo vai até um clube de Vila Guaíra, para um seminário sobre nova gestão de políticas sociais.

Dilma no Sul. Em Porto Alegre, Dilma começa uma batalha para reduzir a vantagem de Serra no Estado. Segundo a última pesquisa Datafolha, o tucano subiu 12 pontos nas intenções de votos entre maio e junho, enquanto a petista desceu 3.

Ao lado de lideranças petistas ? entre as quais o candidato ao governo gaúcho, Tarso Genro, e ao Senado, Paulo Paim ? Dilma começa a campanha no lugar onde tem seu domicílio eleitoral e entrou para a vida pública, como secretária dos governos Alceu Colares (PDT) e Olívio Dutra (PT). Não contará, nesse esforço, com o apoio do seu principal aliado nacional, o PMDB, que lançou José Fogaça ao governo, contra Tarso. Fogaça, prometeu no máximo ficar neutro.

A fase seguinte, que vai até o final da semana, inclui passagem por São Paulo e Rio de Janeiro. Nos três Estados alvos deste início de campanha vivem 49,5 milhões de eleitores (cerca de 39,1% do eleitorado). Amanhã, ela faz caminhada pelo centro de São Paulo e vai depois à favela de Heliópolis. À noite, segue para São José do Rio Preto e de lá, na quinta-feira, para Bauru.

Cenas de campanha. As atividades de Dilma nos primeiros dias de campanha servirão principalmente para produzir cenas destinadas aos programas do horário eleitoral da candidata.

A propaganda na TV e no rádio só começará no dia 17 de agosto. Como ela tem 10 minutos e 26 segundos em cada bloco de 25 minutos destinado aos candidatos a presidente ? quase o dobro do tucano José Serra, o comando de sua campanha sabe que será necessário produzir muito material externo.

Além de caminhadas e comícios, a equipe somará as imagens produzidas na Europa no mês passado, durante os encontros de Dilma com líderes políticos da França, Espanha, Portugal e União Europeia.

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