quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Gabeira flagra hospital sem 'maquiagem'

DEU EM O GLOBO

Verde faz visita surpresa ao Carlos Chagas, do estado, e encontra atendimento improvisado e pacientes nos corredores

Rafael Galdo

O candidato do PV ao governo do Rio, Fernando Gabeira, fez ontem visita surpresa ao Hospital Estadual Carlos Chagas, em Marechal Hermes, e viu 14 pessoas em leitos improvisados no corredor da emergência, além de ouvir queixas de falta de material e de médicos. Uma realidade, segundo Gabeira, diferente do que é mostrado na propaganda do adversário, o candidato à reeleição pelo PMDB, Sérgio Cabral, e que poderia ter sido mascarada caso ele informasse sobre a visita: Poderiam ser retiradas as macas do corredor, as imagens evidentes da superlotação disse Gabeira, que visitou, em julho, o Hospital Estadual Getúlio Vargas e recebeu denúncia de que a unidade, antes de sua chegada, recebera maquiagem Anteontem, o verde havia divulgado visita ao Hospital Estadual Pedro II, em Santa Cruz, onde era aguardado por assessores da Secretaria de Saúde. Ele foi recebido pela diretora da unidade, Angela Aranda. Segundo o verde, enquanto a emergência estava lotada (a direção confirmou 26 pacientes no corredor), no segundo andar enfermarias reservadas a pacientes vindos da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) tinham leitos vagos.

O hospital está sendo colocado num segundo plano.

Achamos que não tem sentido abrir UPA para fechar hospital.

Há vários leitos vazios esperando pessoas da UPA, pois a UPA é o carro-chefe da propaganda (de Cabral) disse ele.

Gabeira foi abordado por funcionários.

Um deles afirmou que o hospital fazia mais de 600 cirurgias eletivas ao ano, contra cerca de 30 em 2010. Já a cirurgiã Rachel Dias Leoni disse que, embora a unidade seja de alta complexidade, tem apenas dois cirurgiões por plantão e não conta com serviços de neurocirurgia e ortopedia. A subsecretária estadual de Atenção à Saúde, Hellen Miyamoto, disse que os pacientes que estavam ontem na emergência do Carlos Chagas tinham chegado recentemente, a maioria na madrugada anterior, e aguardavam transferência.

Em nota, Hellen confirmou que o hospital tem leitos de retaguarda para as UPAs, mas que o índice de remoção dessas unidades é de menos de 1%. Ainda segundo ela, o hospital não tem emergência aberta e recebe apenas pacientes encaminhados.

Segundo Hellen, o abastecimento de medicamentos é regular e este ano foram feitas 110 cirurgias eletivas

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