sexta-feira, 1 de abril de 2011

Lá Vem o Patto!::Urbano Patto

A Liberdade de Imprensa é um dos alicerces da democracia moderna. Representa de maneira cabal o conceito de Liberdade presente no processo de suplantação dos regimes absolutistas da antiga Europa pelos regimes representativos.

Significa que qualquer um pode expressar suas idéias e fazê-las materialmente circular para a apreciação das outras pessoas. A Liberdade de Imprensa tem sua concretização e ampliação extremamente ligada ao progresso técnico da humanidade.

Na antiguidade a circulação das idéias através de meios materiais era por demais especializada e cara, lapidação ou pintura em pedra, placas de cerâmica, pergaminhos de peles de animais, papiros, tintas especiais cujas fórmulas poucos detinham conhecimento. Os escribas eram uma elite reduzida e os que tinham a faculdade da leitura, pouquíssimos.

Depois da invenção da prensa de tipos móveis de Gutemberg os meios de ampliação da Liberdade de Imprensa só fizeram aumentar, por mais que em momentos mais tenebrosos da história se tentasse suprimi-la ou diminuí-la, sem que nunca o conseguissem por completo. Sempre havia e haverá gente para pensar, escrever e se manifestar, num papel vagabundo mimeografado como era feito há décadas ou num blog colorido e de alta tecnologia como atualmente.

A Liberdade de Imprensa deve, antes de tudo, sua existência e permanência ao jornalismo - àquele jornal impresso mesmo, de papel e tinta, que de vez em quando mancha nossas mãos. Tanto é assim que emprestou seu nome aos demais veículos de comunicação, rádio, TV ou Internet, que fazem jornalismo sem ser jornal.

E, em nossa região, poucos podem se dizer legatários plenos desse conceito amplo, generoso e humanista de Liberdade da Imprensa como pode fazê-lo o Jornal da Cidade de Pindamonhangaba e os seus derivados. São espaços abertos a todas as idéias. Nele se expressam situação e oposição, crentes dos mais diversos matizes e ateus, literatos e meros escrevinhadores, autoridades e simples lideranças comunitárias. Tem espaço para a arte e para a cultura, para o esporte, para a utilidade pública, para o comércio, para o entretenimento.

E, se assim é o Jornal da Cidade, que comemora nesta semana os seus 35 anos de existência, deve isso a seu idealizador e construtor, o jornalista José Antonio de Oliveira cuja personalidade ativa, instigante, polêmica, corajosa, cativante, bondosa e magnânima, nos dá a certeza de que no Jornal da Cidade a Liberdade de Imprensa carrega seu histórico e nobre significado de combater o bom combate contra o obscurantismo e contra a barbárie e pelo progresso e pela dignidade do ser humano.

Meus parabéns e meu obrigado a José Antonio e a toda sua equipe!

Urbano Patto, Arquiteto Urbanista e Mestre em Gestão e Desenvolvimento Regional, membro do Conselho de Ética do Partido Popular Socialista -PPS- do Estado de São Paulo. Comentários, sugestões e críticas para urbanopatto@hotmail.com.

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