quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Pagot defende CPI para o setor de Transportes

O ex-diretor-geral do Dnit Luiz Antonio Pagot, que saiu do órgão em julho, defendeu a instalação de CPI para investigar o setor.

Para Pagot, a CPI seria forma de "passar a limpo", as acusações. O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) começou outra coleta assinaturas para nova CPI

Ex-diretor do Dnit afirma apoiar CPI dos Transportes

Pedido de criação de comissão foi arquivado

Catia Seabra, Gabriela Guerreiro, Natuza Nery e Maria Clara Cabral

BRASÍLIA -  Ex-diretor-geral do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutrura de Transportes) Luiz Antonio Pagot defendeu ontem a instalação da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar acusações de irregularidade no órgão.

Dizendo que prestaria esclarecimentos à CPI, Pagot afirmou que essa seria uma forma de "passar a limpo" as acusações no setor. Pagot pediu demissão em julho.

"Sou defensor número um da CPI do Dnit. Até para passar a limpo, ter uma certidão negativa, ou para ser apenado. Tem alguma coisa contra o Pagot? Digam o que têm, e vou me defender nas instâncias que houver."

Em guerra com o governo, deputados do PR defenderam, durante reunião na noite de anteontem, apoio à criação de uma "CPI do PAC", principal plataforma da candidatura da presidente Dilma Rousseff na eleição de 2010.

Os deputados, porém, foram convencidos pelo líder Lincoln Portela (MG) que esse não era o momento para a articulação.
No Senado, dois governistas retiraram, a pedido do governo, suas assinaturas para a criação de uma CPI que investigaria acusações de corrupção no Ministério dos Transportes. Com isso, o requerimento não obteve as 27 assinaturas necessárias e foi arquivado.

O líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), começou ontem mesmo a coleta de novas assinaturas, obtendo apoio de cinco integrantes de partidos governistas.

A ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, questionou a real motivação da oposição.

"Essa CPI não era para valer. Se fosse, tinha que protocolar com mais assinaturas, como tradicionalmente se faz para evitar que a retirada de assinaturas a inviabilize. Ele (Álvaro Dias) sabia que não era para valer", disse ela.

O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), admitiu ter atuado contra a CPI. "A CPI seria um instrumento de açoite político no governo. Convencemos dois senadores a retirar assinaturas, isso é que vale. Tudo já está sendo investigado pelo governo."

Os governistas João Durval (PDT-BA) e Reditario Cassol (PP-RO) foram os senadores que voltaram atrás.

FONTE: FOLHA DE S. PAULO

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