quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Bandeiras dos tucanos, como LRF, são atribuídas a PT, aponta pesquisa

Para destacar atuação do PSDB, partido vai lançar agenda para o Brasil

Adriana Vasconcelos

BRASÍLIA. Saiu caro para o PSDB não ter defendido o legado dos oito anos do governo de Fernando Henrique Cardoso nas últimas três campanhas presidenciais. Essa foi a conclusão que a cúpula tucana chegou ontem após a apresentação de pesquisas encomendadas pelo partido ao cientista político Antonio Lavareda. Embora o Plano Real continue lembrado como o principal ativo do PSDB, o PT acabou se apropriando de várias bandeiras dos tucanos, a ponto de 60% dos brasileiros atribuírem a aprovação da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) aos petistas, esquecendo-se que eles votaram contra a proposta.

- Durante dez anos não defendemos o que fizemos. Esquecemos o nosso partido e permitimos que o PT se apropriasse do que fizemos - disse o presidente nacional do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE).

Os tucanos constataram que os escândalos de corrupção que eclodiram no governo Lula acabaram colando na imagem do PT de forma definitiva. A maioria dos brasileiros, porém, considera que o grau de corrupção na gestão do PT é igual ao do governo de FH. A pesquisa mostrou que 70% da população do país consideram a gestão petista como uma continuidade da iniciada pelos tucanos.

Já a faxina ética deflagrada pela presidente Dilma Rousseff ainda não convenceu totalmente a população. Pelo menos 40% dos ouvidos consideram que Dilma tem sido seletiva na apuração dos desvios, embora outros 40% achem que ela quer, de fato, enfrentar a corrupção.

A pesquisa mostrou também que todos os benefícios sociais existentes no país são vinculados ao governo do PT, embora o PSDB tenha lançado o Bolsa Escola, embrião do Bolsa Família.

Para mudar esse quadro, está sendo organizado um seminário para discutir o legado do PSDB e apresentar um projeto de país.

- Está na hora de o PSDB apresentar uma nova agenda, focando em educação básica, saúde e qualificação profissional - defendeu o senador Aécio Neves (PSDB-MG).

FONTE: O GLOBO

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