quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Ato pela reforma política tem baixa adesão

Evento esvaziado na Câmara mostra que proposta não agrada

Cristiane Jungblut

BRASÍLIA. A reforma política em discussão na Câmara dos Deputados enfrenta forte resistência dos parlamentares, incluindo aliados de grandes partidos, como o PMDB. O esvaziamento do ato pró-reforma realizado ontem na Câmara foi mais uma mostra da pouca disposição dos políticos de aprová-la.

O evento, que contaria inicialmente com a presença do ex-presidente Lula, foi marcado ainda pela ausência de governadores, prefeitos e líderes dos partidos. Só algumas siglas prestigiaram o encontro desde o início, ao lado de entidades como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a CUT.

Ao final, o presidente do PMDB, senador Valdir Raupp, compareceu, mas criticou a forma como se deu o debate: disse que foi um erro Câmara e Senado promoverem discussões separadas. Mais do que os problemas de procedimentos, são as divergências de mérito que devem adiar novamente a votação do relatório do deputado Henrique Fontana (PT-RS), que pretendia votá-lo hoje na Comissão Especial da Câmara.

As divergências ficaram claras ontem. Os representantes de partidos como PCdoB, PV e PSOL insistiram no financiamento público exclusivo para as campanhas. O relatório de Fontana é a favor do financiamento público, mas não exclusivo. Ainda assim, o PMDB não concorda, pois quer ampliar as possibilidades de financiamento privado

FONTE: O GLOBO

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