quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Cautela na reforma

A presidente Dilma Rousseff está cautelosa no anúncio dos nomes da reforma ministerial porque ela será cirúrgica. Depois de um ano em que sete ministros caíram — seis por denúncias de corrupção e um por falar demais — e um começo de 2012 com mais um nome na berlinda (Fernando Bezerra Coelho, da Integração Nacional), a presidente quer definir todas as mexidas para não melindrar ainda mais os partidos aliados.

Todas as pastas já nomearam seus interlocutores para o momento em que a presidente chamá-los para conversar. Existem aqueles, como o PMDB, que conformaram-se com o espaço menor do que o sonhado, mas que, se tiverem brecha, vão tentar emplacar um ministério mais vultuoso. Outros, como o PR, viraram o ano negociando com a Secretaria de Relações Institucionais para substituir o atual ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, por um nome político. E o PP, que pretende evitar que um técnico — Márcio Fortes — assuma no lugar de Mário Negromonte em Cidades.

Por fim, existe o PSB, que poderá herdar o ministério da Ciência e Tecnologia do PT. Um dos nomes cogitados é de Ciro Gomes, mas ele enfrenta resistências internas no partido e no PMDB, legenda que foi chamada pelo ex-governador do Ceará de "um ajuntamento de assaltantes". (PTL)

FONTE: CORREIO BRAZILIENSE

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