terça-feira, 13 de março de 2012

Oposição faz eco a pleito de Jungmann

Oposicionistas concordam que seja definido rápido o nome que representará o grupo no pleito de outubro, mas rechaçam que haja alguma pressão sobre Raul Henry

Débora Duque

RECIFE - A pressão exercida por Raul Jungmann (PPS) para que se defina, até o dia 30 de março, o nome que representará o bloco DEM-PMDB-PPS na disputa pela Prefeitura do Recife não causou desconforto entre os oposicionistas. Pelo contrário. Em que pese a ameaça de lançar uma uma candidatura independente – o que desencadearia a formação de uma terceira frente na oposição, já que o deputado Daniel Coelho (PSDB) não abre mão de sua postulação –, o pleito do pós-comunista encontrou eco entre os aliados.

A avaliação é de que o recado de Jungmann se dirige, principalmente, ao deputado federal Raul Henry (PMDB), que ainda aguarda uma garantia de suporte financeiro por parte da Executiva nacional do partido para consolidar sua pré-candidatura. Só a partir dessa definição, será possível negociar quem integrará a cabeça-de-chapa da tríplice-aliança: Henry, Jungmann ou o deputado federal Mendonça Filho (DEM).

O próprio presidente estadual do PMDB, Dorany Sampaio, reconhece que a pré-candidatura do correligionário ainda não está posta e concordou que a estratégia do bloco precisa ser definida o mais breve possível. “A gente tem que ver o que o PMDB nacional está disposto a oferecer à campanha aqui. Se a decisão coletiva do nosso bloco for apoiar Raul e a Executiva der o apoio, ele será candidato com todo o prazer”, afirmou o dirigente. Embora tenha considerado o alerta de Jungmann “positivo”, Dorany acredita que o prazo para o arremate final da candidatura deve ser decidido coletivamente.

Defensor da tese de que o bloco deve se antecipar às movimentações governistas, Mendonça Filho (DEM) compartilha da “pressa” de Jungmann, mas, assim como Dorany, ressalta que o prazo deve ser flexível. “Tenho insistido muito na tese de que nós não devemos ficar condicionados à definição do bloco governista. Eu compartilho da preocupação de Jungmann, mas não quero estipular uma data fatídica”, assinalou. O democrata disse não acreditar que a mensagem do pós-comunista seja um ultimato a ele ou a Henry. “Nem seria correto colocar nas costa de Henry a responsabilidade por não termos chegado a um denominador-comum. Não seria construtivo fazer essa leitura”, avaliou.

FONTE: JORNAL DO COMMERCIO (PE)

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