segunda-feira, 23 de julho de 2012

Bancários querem 10,25% de aumento

Pauta de reivindicações da categoria foi fechada ontem em reunião

Roberta Scrivano

SÃO PAULO. Os bancários concluíram ontem, em Curitiba, a pauta de reivindicações salariais para 2012. O documento, que pede reajuste de 10,25% - inflação acumulada no último ano mais aumento real de 5% -, será entregue à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) no dia 1º de agosto. As negociações estão marcadas para os dias 7, 8, 15 e 16 do mês que vem. A data-base da categoria é 1º de setembro.

Também está entre as reivindicações o aumento na participação dos lucros e resultados (PLR) dos bancos. Os empregados querem PLR equivalente a três salários mais R$ 4.961 fixos por ano. Hoje, a fórmula varia de funcionário para funcionário, mas, em media, fica em 90% da remuneração mais R$ 1,2 mil. Outro pedido é subir o piso salarial dos atuais R$ 1,4 mil para R$ 2,4 mil, igual ao do Dieese.

Carlos Cordeiro, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da Central Única dos Trabalhadores (Contraf-CUT), que liderou a reunião dos mais de 600 bancários ontem em Curitiba, diz que a negociação não será fácil. Para ele, os banqueiros dirão que a crise mundial está afetando a economia e que os menores juros no Brasil reduzirão as margens dos bancos.

- Negociação nunca é fácil. Mas, entra crise, sai crise, os bancos sempre lucram mais e mais. Sobre o juro menor, sabemos que agora os banqueiros ganharão mais dinheiro pois venderão mais crédito. Ou seja, continuarão ganhando, mas no volume.

Os empregados também pedem fim da imposição de metas de vendas, combate ao assédio moral, ampliação da segurança nas agências e cumprimento da jornada de seis horas.

FONTE: O GLOBO

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