segunda-feira, 2 de julho de 2012

Vice de João da Costa apoia Geraldo Júlio no Recife

Ex-presidente do PSB, Milton Coelho afirma que não pretende se licenciar do cargo na campanha e assegura que seu partido não vai se colocar como oposição ao petista

Sheila Borges

Um dos primeiros a chegar na convenção da Frente Popular do Recife realizada anteontem para homologar a chapa PSB/PCdoB, encabeçada pelo candidato a prefeito, Geraldo Júlio foi o atual vice-prefeito da capital pernambucana, Milton Coelho, que é do PSB. Apesar de apoiar Geraldo e defender o projeto de renovação da Frente Popular que se contrapõe ao modelo de gestão do PT, legenda que comanda a administração, ele adiantou que não vai se licenciar do cargo para participar da campanha municipal.

Milton Coelho argumentou que não se sente incomodado com o fato de dividir a gestão na PCR com João da Costa (PT), que mesmo preterido da disputa, deve apoiar a candidatura do petista Humberto Costa. Até porque, segundo o vice-prefeito, o PSB não fará oposição ao PT. Não há nenhum mal-estar. Estou confortável. Havia mal-estar antes. O ambiente hoje é de tranquilidade, disse. As críticas, contudo, surgem naturalmente, até porque o PSB precisa mostrar que, se eleito, pretende avançar na administração. O mote da Frente Popular é que Geraldo fará com que o Recife entre no ritmo do desenvolvimento implantado pelo PSB no Estado.

Mas Milton Coelho insiste no discurso de que o PSB, apesar de não estar no mesmo palanque do PT, não é oposição. Para ele, o adversário dos petistas é o DEM, que lançou o deputado federal Mendonça Filho à Prefeitura do Recife. "O PSB não tem uma candidatura alternativa. Tem um projeto para governar a partir de 2013. O PT fechou um ciclo de 12 anos. Isso não é ser oposição. Estamos concorrendo com o PT para defender um projeto diferente dentro do mesmo campo (de esquerda), frisou.

Coelho ressaltou que o PSB foi levado a construir um novo palanque porque o PT não quis defender o projeto de reeleição do atual prefeito. João da Costa foi injustiçado. Os quadros do PT (ligados a Humberto) saíram da gestão. O PSB, não. Quando se afastaram, fecharam um ciclo, afirmou.

FONTE: JORNAL DO COMMERCIO (PE)

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