domingo, 19 de agosto de 2012

Presidenciáveis entram em campo mirando 2014

Dilma adota cautela; Aécio Neves aposta na superexposição

Paulo Celso Pereira

BRASÍLIA - A campanha municipal deste ano começa para valer na terça-feira, com o início do horário eleitoral gratuito de rádio e TV. Mas, muito além dos candidatos a prefeito e vereador, a elite da política nacional já pensa na melhor forma de usá-la com vistas a 2014. A presidente Dilma Rousseff (PT), o senador Aécio Neves (PSDB) e o governador Eduardo Campos (PSB) têm cada um seu plano para chegar a novembro mais cacifado.

Com a dupla tarefa de articular 2014 e manter sua base no Congresso, Dilma não deverá fazer qualquer movimento até meados de setembro. Sua estratégia é não criar cizânia com integrantes da base aliada; evitar patrocinar derrotas e manter — ao contrário de Lula — distância entre ações de governo e atos de campanha. Ela só subirá nos palanques onde sua presença for, de fato, decisiva.

— Em São Paulo, por exemplo, é preciso que as pessoas primeiro saibam que têm eleição, depois que o Haddad é o candidato de Lula e só então ela deve entrar — explica um interlocutor da presidente.

Aécio Neves e Eduardo Campos farão o caminho oposto. Principal pré-candidato da oposição, Aécio já definiu uma intensa agenda de gravações e viagens pelo país. Na última semana, foi montado um estúdio de televisão em seu apartamento em Belo Horizonte no qual fez gravações para 192 candidatos, cerca de 80 de fora de Minas. Nesta semana, fará sua primeira viagem para Curitiba, no Paraná.

Aécio quer percorrer 17 estados, especialmente no Nordeste, onde os tucanos enfrentam grande resistência desde 2006.

— Os candidatos têm pedido para falarmos principalmente sobre gestão, que é uma marca do PSDB. 2014 vai acontecer lá na frente. Agora, eu irei onde for possível, porque isso consolida a imagem e ajuda a homogeneizar um discurso nacional — desconversa Aécio.

FONTE: O GLOBO

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