terça-feira, 18 de setembro de 2012

Bancários entram em greve em todo o País

Bancários de todo o País entram em greve

Sindicatos querem reajuste de 10,25%, enquanto instituições financeiras oferecem 6%; para Fenaban, economia indefinida em 2012 requer cautela

Beatriz Bulla

Os bancários de todo o País entram em greve por tempo indeterminado a partir de hoje. Desde a primeira semana do mês, quando a Federação Nacional de Bancos (Fenaban) apresentou proposta de reajuste salarial muito distinta da reivindicação dos bancários, os trabalhadores ameaçavam cruzar os braços.

Os banqueiros apresentaram proposta de reajuste linear para salários, pisos e benefícios de 6,0%. A proposta passa longe da reivindicação dos trabalhadores, que pedem 10,25%, sendo 5,0% de aumento real. Além do reajuste salarial, os trabalhadores pleiteiam mudanças na participação nos lucros e resultados (PLR) e em outras questões econômicas.

A proposta da Fenaban foi de PLR de 90% do salário acrescido de valor fixo de R$ 1.484, podendo chegar a 2,2 salários de cada empregado. A reivindicação dos bancários à Fenaban é de PLR de três salários mais R$ 4.961,25 de parcela fixa. "As expectativas que eles demonstram estão fora da realidade que a economia está vivendo. Este ano, a economia está muito indefinida. Precisamos de certa cautela para fazer acordos", justificou o diretor de Relações de Trabalho da Fenaban, Magnus Ribas Apostólico.

Serviço ao consumidor. Em nota, o Procon-SP alertou que o consumidor deve saber que a greve não tira sua obrigação de pagar faturas, boletos bancários ou qualquer outra cobrança, mas, para isso, a empresa credora deve oferecer outras formas e locais para que os pagamentos sejam efetuados pelo consumidor. Assim, a recomendação é entrar em contato com a empresa e solicitar outra opção de local para efetuar o pagamento.

A Federação Brasileira dos Bancos lembra que, além das agências bancárias, os consumidores podem realizar suas operações em caixas eletrônicos e em correspondentes não bancários, como casas lotéricas, agências dos correios e redes de supermercados. Outra opção é fazer as transações por meio de internet, telefone fixo ou celular.

Segundo o Procon, caso o fornecedor não indique outro local de pagamento, o consumidor deve documentar a tentativa de quitar o débito e pode registrar uma reclamação junto ao órgão.

FONTE: O ESTADO DE S. PAULO

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