sábado, 22 de setembro de 2012

Em Recife, Humberto diz que PSB é a "falsa esquerda"


PT x PSB

Em discurso aguerrido, senador-candidato conclama militantes para a disputa contra o palanque socialista do governador Eduardo Campos e também ataca Daniel (PSDB)

Bruna Serra

Faltando apenas 15 dias para a eleição, o candidato Humberto Costa elevou o tom do discurso e conclamou a militância petista para ir às ruas, sob o argumento de que sua força é fundamental para o levar ao segundo turno. Diante de uma plateia de agentes de saúde e o ministro da pasta, Alexandre Padilha, o petista rotulou o partido do seu principal adversário, Geraldo Julio (PSB), de falsa esquerda, acusando a legenda de forçar um cerco contra o PT do Recife a partir de uma influência na executiva nacional, que até agora está conseguindo impedir a vinda do ex-presidente Lula ao Recife.

“Não podemos dar lugar a essa falsa esquerda, que se alia à direita para fazer um cerco ao PT. Eles tentam trazer esse cerco do plano nacional para o plano local. O PSB que fala em mudança é o mesmo PSB que apoiou João da Costa, que tem o vice e mais três secretários e agora nos ataca tentando passar a imagem de oposição”, acusou o petista sob aplausos, ontem na sede do comitê, no bairro do Parnamirim.

Pedindo aos militantes que fossem para a rua fazer valer o seu peso na decisão do voto, Humberto descartou a possibilidade de ficar fora de um eventual segundo turno. “Nós não podemos ficar de cabeça baixa, se a gente não tiver coragem de enfrentar, eles vão querer ganhar no grito, a gente sabe como essa coisa funciona. Vocês acham que tem lógica a gente ficar fora do segundo turno? Só se nós fôssemos para debaixo da cama e ficasse tremendo de medo. Vamos para a rua, calar a boca de todos que acham que não vamos estar nessa disputa”, bradou.

Humberto ainda arrumou espaço em seu discurso para atacar seu adversário mais direto para chegar no segundo turno, o tucano Daniel Coelho. O petista lembrou das privatizações realizadas na gestão do PSDB e os correligionários Coelho. “O candidato do PSDB é o candidato das privatizações e a única coisa que ele tem de novo é a idade, ele representa o que há de mais velho no Brasil”. Também com um discurso forte, Alexandre Padilha elencou os feitos de Humberto à frente do ministério e destacou o componente político presente nessa disputa. “Essa não é uma eleição só de quem apresenta as melhores propostas, mas para nós do PT é uma eleição política. Nós somos do PT, nós somos bons de desafios. Não temos um candidato feito em gabinete, cada companheiro aqui conhece a história de uma rua, de um bairro que mudou com o governo do PT”, finalizou.

FONTE: JORNAL DO COMMERCIO (PE)

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