quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Elias defende bloco nacional PSDB/PSB

Prefeito reeleito de Jaboatão afirma que a união seria não apenas eleitoral, mas em defesa de um projeto contra o "aparelhismo do PT e do fisiologismo do PMDB"

O prefeito reeleito de Jaboatão dos Guararapes, Elias Gomes (PSDB), defendeu ontem a formação de um bloco partidário nacional entre o PSDB e o PSB, presidido pelo governador Eduardo Campos. Segundo Elias, o acordo entre essas legendas não teria apenas objetivos eleitorais, mas a defesa de propostas para o País. "Precisamos criar um novo campo político no Brasil, fora do aparelhismo do PT e do fisiologismo conservador do PMDB", defendeu.

Segundo o prefeito, essa discussão deve ser liderada por Eduardo Campos e pelo senador Aécio Neves (MG). Ele admitiu que os dois líderes poderiam formar uma chapa para a disputa presidencial de 2014, mas evitou externar quem seria o cabeça de chapa.De acordo com Elias Gomes, entre as bandeiras nacionais a serem empunhadas pelo bloco PSDB/PSB estariam a reforma política e a implantação do sistema parlamentarista em substituição ao presidencialismo. "Com um Congresso Nacional como o nosso, se o sistema fosse parlamentarista nós poderíamos dissolver o Legislativo e convocar novas eleições", sugeriu, em entrevista à Rádio JC/CBN, ontem à tarde. O prefeito reeleito fez uma mea culpa, ao afirmar que o PSDB nacional vem pecando desde a era Lula no formato de oposição. "O partido se envergonhava das privatizações e da criação das bolsas assistenciais, feitas no governo FHC. Mas essas foram ações importantes para mudar o Brasil", defendeu.

Com relação ao resultado das eleições, Elias vê como prioridade dos futuros prefeitos da Região Metropolitana a discusão de uma gestão integrada das 14 cidades. Ele vai pedir ao governo do Estado, ainda esta semana, que seja reativado o Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana (Conderm), criado em 1994 e atualmente esvaziado. "Sempre me preocupei com a falta de articulação entre os prefeitos. Vou conversar com cada um deles. Mas não pode ser uma iniciativa isolada. Para garantir ações efetivas na RMR é preciso do apoio do governo do Estado", afirmou.

Sobre Jaboatão, Elias afirmou que sua principal meta é torná-la conhecida como a "cidade da educação". Preocupado com as dificuldades financeiras geradas pela queda contínua de arrecadação, ele também iniciou estudos para enxugar o quadro das secretarias, que hoje são onze, e de servidores. Já foram dispensados 517 comissionados. "Vou reunir representantes de todos os partidos da base, na próxima semana, para discutir metas para a cidade", anunciou. Elias voltou a criticar a iniciativa dos vereadores de Jaboatão de aumentarem em 63% os próprios salários. Após tentar vetar o projeto e ser derrotado, o prefeito afirmou que o presidente da Câmara, Manoel Pereira Neco (PSC), agiu de "má-fé" ao propor o reajuste. "Eles não vão aguentar as despesas. E a prefeitura não vai socorrer a Câmara com um centavo sequer", concluiu.

Fonte: Jornal do Commercio (PE)

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