sábado, 19 de janeiro de 2013

Dilma diz agora que 2013 terá ‘crescimento sustentável’

A presidente Dilma Rousseff disse ontem que 2013 será o ano do crescimento “sério, sustentável e sistemático”. Sem citar números nem detalhar ações para alavancar a economia, a presidente, que no fim do ano passado pediu um “pibão”, afirmou que 2012 serviu de preparação para o crescimento econômico.

“Apesar de alguns pessimistas, nós vamos crescer, criar mais empregos e buscar todas as oportunidades.” Dilma falou durante viagem ao Piauí, para onde foi em busca de apoio político. Pouco antes da chegada da comitiva, um curto-circuito em um transformador da subestação da Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf) provocou apagão de uma hora em Teresina e em outras 32 cidades do Estado. A Aneel cobrou explicações da empresa. A presidente também falou sobre os projetos sociais do governo e afirmou que o “foco” é erradicar a pobreza extrema até 2014

"Em 2013, teremos crescimento sério, sustentável e sistemático’, diz Dilma

Angela Lacerda

SÃO JULIÃO – PI - A presidente Dilma Rousseff disse ontem que 2013 será o ano “do crescimento sério, sustentável e sistemático”. Em discurso na cidade de São Julião, a 386 quilômetros de Teresina (Piauí), Dilma deu prioridade ao avanço social sobre o econômico no País.

“Queremos que não só a economia cresça (...), as obras, o cimento armado, os edifícios”, comparou. “Queremos que o povo brasileiro, o emprego cresçam, e, sobretudo, eu quero que a educação de qualidade cresça”, completou Dilma.

A presidente chegou ao Piauí em meio a um apagão de cerca de uma hora. Ela iniciou sua visita por São Julião logo após a primeira chuva na região depois de dois anos. Sem citar números do crescimento, Dilma, que no fim do ano passado pediu um “pibão” para este ano, disse que “2013 será o ano que nós vamos colher muita coisas que nós plantamos e vamos plantar ainda mais do que iremos colher”.

Dilma reafirmou que a educação de qualidade é um compromisso do governo e voltou a defender o uso dos royalties do pré-sal para essa finalidade. “Essa riqueza, o petróleo, produz royalties, dinheiro que tem de ir para garantir, no horizonte, em 2020, 2030, a educação. Garantir a educação em tempo integral, o programa ciência sem fronteiras.”

Além de lembrar que o governo investirá R$ 1,3 bilhão em adutoras, barragens e prevenção no Piauí, Dilma fez afagos públicos ao governador Wilson Martins (PSB), aliado, mas partidário do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), possível adversário nas eleições presidenciais de 2014.

“O governador de fato tem sido um grande parceiro do meu governo”, disse Dilma, que pregou a continuidade da parceria. “Somos parceiros em todos os projetos que tirarmos do papel. Sozinhos, vamos até um ponto, mas quando a gente pega junto vamos mais longe; e o que quero é ir muito mais longe aqui no Piauí”, afirmou. “Nós amamos a presidente Dilma”, discursou o : governador. Já o prefeito de São Julião, JoséNeci (PT), referiu-se a um segundo mandato da presidente por duas vezes na sua fala.

Na cerimônia de assinatura de ordens de serviço das obras da adutora Padre Lira para distribuir água a cinco municípios do Estado e de um projeto de irrigação, Dilma anunciou ainda a ampliação das ações da Bolsa Estiagem e Garantia Safra, de subvenção aos impactos da seca. “Enquanto tiver seca, esses programas vão existir”, prometeu.

Chapéu de couro. Dilma vestiu gibão e chapéu de couro, beijou e posou para fotos com populares. “Quando as coisas melhoram, as pessoas ficam mais alegres e saudáveis”, afirmou ao avaliar, pela aparência dos piauienses -“pessoas bonitas” - a mudança no País. Depois seguiu para Teresina, onde entregaria 400 unidades do programa Minha Casa Minha Vida, além de máquinas.

Fonte: O Estado de S. Paulo

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