sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Renata Bueno candidata ao Parlamento italiano

Por: assessoria do PPS

Renata Bueno é a nossa candidata a deputada nas eleições italianas de 24 e 25 de fevereiro próximo. Ela morou quatro anos na Itália, onde fez o seu mestrado, além de cursos na área de Direitos Humanos. Na matéria abaixo, mais informações sobre as eleições na Itália e, na entrevista que segue, a candidata fala sobre sua relação com o país europeu, a inciativa de se candidatar a uma vaga no Parlamento, a importância de o Brasil ter uma representação forte na política italiana, como funciona o processo eleitoral, entre outros temas.

Renata Bueno (PPS-PR), integrante do Diretório Nacional do PPS, pode se tornar a primeira brasileira eleita deputada no Parlamento da Itália. Na última semana, durante reunião da Executiva Nacional do partido, em São Paulo, ela recebeu o apoio da legenda à sua candidatura.

As eleições acontecem nos dias 24 e 25 de fevereiro. Os italianos que moram no Brasil ou brasileiros descendentes de italianos devem receber as cédulas de votação em suas casas, pelo correio, já no próximo dia 6 de fevereiro.

Renata, que já tem experiência parlamentar como vereadora em Curitiba, será candidata por uma lista cívica independente denominada União Sul-Americana de Emigrantes Italianos (USEI), que oferece quatro vagas de deputados e duas de senadores a representantes dos países da América do Sul. Só em São Paulo, há 115 mil italianos em condições de votar (é o maior colégio eleitoral do país, seguido por Paraná e Santa Catarina). Vencerá a eleição quem tiver o maior número de votos pela lista cívica.

Desde 2006, a Itália abre espaço para candidaturas de representantes de outros países. A integrante do PPS conta com o apoio do ex-senador italiano Edoardo Pollastri, uma das figuras mais respeitadas da política local, que disputará uma das vagas no Senado. Com dupla nacionalidade, Renata Bueno morou quatro anos na Itália, onde fez pós-graduação e mestrado, além de cursos na área de Direitos Humanos. Na entrevista abaixo, a candidata fala sobre sua relação com o país europeu, a iniciativa de se candidatar a uma vaga no Parlamento, a importância de o Brasil ter uma representação forte na política italiana, como funciona o processo eleitoral, entre outros temas.

O amor pela Itália

Já tenho dez anos de namoro com a Itália. Fiz pós-graduação e mestrado no país. No período em que morei lá, busquei a origem da minha família e isso fortaleceu muito os meus laços com a Itália. Fiquei quatro anos morando lá e voltei ao Brasil há seis anos, mas continuei esse trabalho. Quando fui vereadora, trouxe para Curitiba vários projetos que achei interessantes na Itália e que pudemos aplicar aqui, como a Virada Cultural, por exemplo. E tivemos vários projetos na área de convênios entre universidades, na área da economia, com parcerias entre bancos, empresas privadas, etc. Brasil e Itália são países-irmãos que devem estreitar cada vez mais seus laços.

Surgimento da candidatura

Como vereadora, comecei a cruzar muitos pontos de interesse com a Itália e com a política do país. E o PPS tem esse perfil internacionalista muito forte em sua atuação política e sua história. A Argentina, por exemplo, é muito organizada na política italiana, mas aqui no Brasil nós não somos muito organizados e ainda temos uma representação muito fraca lá. A partir dessa aproximação, algumas lideranças políticas começaram a conversar comigo. Com a queda do governo (de Mario) Monti (primeiro-ministro que renunciou ao cargo em dezembro do ano passado), o senador (Edoardo Pollastri) me procurou para fazer parte da União Sul-Americana de Emigrantes Italianos (USEI). É uma lista cívica onde a gente pode representar os interesses dos italianos que moram em outros países e dos seus descendentes. Em relação ao senador, nós, do PPS, já havíamos apoiado sua candidatura em 2006 e 2008, e ele já tem este vínculo com uma política de centro-esquerda.

Atuação no Parlamento

Nós nos alinharemos ao governo de centro-esquerda. Para que se componha um bom governo, vamos continuar nessa linha ideológica. O Partido Democrático (PD) tem uma relação histórica com o PPS, há uma cooperação mútua entre ambos. Nós já somos parceiros e aliados há muito tempo.

Momento atual da política italiana

É um momento muito delicado e de muita mudança. Na verdade, o mundo todo vem passando por esse processo de reflexão, e na Itália não é diferente, até pelo fato de o país estar passando por uma crise econômica. O cidadão italiano é muito politizado e isso gera uma expectativa muito grande para essa eleição. Acredito que vai ser um momento importantíssimo. E não podemos nos esquecer que a Itália é um país que reflete na economia mundial, o que torna essa eleição ainda mais importante.

A importância da candidatura

Esse é um ponto de destaque na nossa campanha. Nosso esforço é conscientizar essas pessoas, mostrar a importância desse voto e mostrar que é um direito nosso. Fui atrás de toda a história da minha família. Hoje, é muito comum o jovem buscar isso, a gente se apega a essa nossa origem. E estou muito feliz por ser a representante brasileira na eleição. Nosso projeto para o PPS não é só participar das eleições, mas ajudar na organização da política italiana e na consolidação da participação brasileira.

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