quinta-feira, 7 de março de 2013

Campos articula apoios à candidatura em 2014

Governador aproveita passagem por Brasília para se reunir com políticos

BRASÍLIA - Tratado de forma protocolar pela presidente Dilma Rousseff, na solenidade do PAC de Mobilidade Urbana, o presidente do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, aproveitou a presença de governadores e prefeitos de todos os partidos na capital para tentar avançar em suas costuras políticas rumo à disputa presidencial de 2014. Ele chegou a Brasília na véspera e teve jantar, almoço e encontros de articulação com políticos do PSDB, PDT, PSD e PPS.

No jantar com o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio (PSDB), Campos deixou clara a irreversibilidade de sua candidatura presidencial, mas com o cuidado de não carimbá-la como de oposição. Ele não quer romper com a presidente Dilma Rousseff e, muito menos, com o ex-presidente Lula.

Da mesma forma, a presidente Dilma não tomará qualquer iniciativa para tirar o PSB do governo e nem afastar o governador, apesar do tratamento frio que será mantido. PT e governo também já consideram irreversível a candidatura de Campos, mas querem mantê-lo no campo governista para tê-lo como aliado num possível segundo turno em 2014.

Arthur Virgílio anunciou que Eduardo Campos e o senador Aécio Neves (MG) devem se encontrar na festa de bumba meu boi, em Manaus, e abordou a possibilidade de uma aliança com o PSB em eventual segundo turno contra Dilma.

- Eduardo mostrou uma disposição firme de disputar. Mas quer manter a boa relação que tem com o presidente Lula. No segundo turno, a dobradinha PSB-PSDB (que aconteceu em algumas capitais ano passado) poderá se repetir - avaliou Virgílio.

O governador do Ceará, Cid Gomes, também presente ao Planalto, disse que não irá sabotar o PSB, mas voltou a defender que seu partido brigue para ser vice de Dilma:

- Eu já avisei a Dilma e ao Lula que quem achar que vai contar comigo para fazer quinta coluna está redondamente enganado. Sou a favor do que acho estrategicamente melhor para meu partido, que é lutar pela vice em 2014. Nessa eleição, é melhor manter a aliança com o PT, fortalecer nossa bancada na Câmara e aumentar o partido nos estados.

Eduardo Campos se reuniu também com o governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, e tinha encontros marcados com o presidente do PDT, Carlos Lupi, e com Roberto Freire, do PPS, que deve desembarcar da aliança de Aécio para apoiar o socialista.

Fonte: O Globo

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