sexta-feira, 29 de março de 2013

PT de Minas garante que não abre mão de disputar o governo

Aliança com o PMDB só é admitida se o cabeça de chapa for Fernando Pimentel

Isabella Lacerda

Lideranças do PT de Minas garantem que, na disputa pelo governo do Estado no ano que vem, o partido não vai ver repetir o filme de 2010, quando precisou abrir mão da candidatura própria e apoiar um nome do PMDB para a cabeça de chapa. O argumento dado pelos petistas é simples. Eles afirmam que a presidente Dilma Rousseff sabe que em 2014 vai precisar de um palanque forte em Minas para "tirar" votos de um de seus principais adversários na disputa pela Presidência da República, o senador mineiro Aécio Neves (PSDB).

As reações em defesa da candidatura de um petista ao governo mineiro ocorrem um dia após o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarar que a prioridade do partido em 2014 é a reeleição da presidente Dilma Rousseff, "mesmo que isso custe a candidatura do PT em Estados estratégicos".
Para lideranças do PT mineiro, no entanto, o nome do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, está garantido na disputa do ano que vem e já conta com o apoio da direção nacional do partido. Os petistas ainda esperam o apoio do PMDB.

"Conversei com o Rui Falcão (presidente nacional do PT) e com outros companheiros, e não tem risco de não termos um candidato. Minas já sofreu muito com essa história de ter que abrir mão de lançar um nome por conta das questões nacionais", reclamou um petista que preferiu não ser identificado.

"O Lula não falou isso pensando em Minas. Em 2010, abrimos mão da candidatura própria a pedido da direção nacional como forma de fortalecer a candidatura da Dilma. Não vejo como isso acontecer de novo. O nome do Pimentel é bastante competitivo, e todo mundo sabe que esse é um bom momento para enfrentar essa hegemonia tucana no Estado", salientou o deputado Nilmário Miranda.

Aliança. Outra declaração dada pelo ex-presidente Lula que também repercutiu em Minas é a de que o PT "não pode truncar a aliança com o PMDB" e, assim, ameaçar a reeleição da presidente Dilma.

No entendimento de lideranças mineiras, "a relação entre os dois partidos é tranquila", e não tem havido uma pressão por parte dos peemedebistas para que o PT desista de lançar Pimentel. Em Minas, o PMDB já lançou o senador Clésio Andrade como pré-candidato ao governo estadual.

"É preciso buscar um nome que vai vencer. O Clésio tem condições de disputar, mas o candidato que agregaria mais é o Pimentel. É possível construir uma aliança em torno da candidatura dele, contando com o apoio do PMDB. Estaremos juntos", completou Nilmário.

Fonte: O Tempo (MG)

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