sexta-feira, 5 de abril de 2013

Garotinho: PR no governo não implica apoio a 2014

Luciana Nunes Leal

No dia seguinte da posse do ex-governador na Bahia César Borges (PR) no Ministério dos Transportes, o líder do PR na Câmara, Anthony Garotinho (RJ), escreveu nesta quinta-feira em seu blog, e reproduziu no twitter, que a volta do partido ao governo "não significa apoio a Dilma em 2014". Ex-governador do Rio, Garotinho disse que se referia ao apoio do PR fluminense à reeleição de Dilma no ano que vem. "A volta do PR ao Ministério dos Transportes não envolve compromisso de apoio à presidente Dilma no Estado do Rio à sua reeleição à presidência nem dela em relação à minha possível candidatura ao governo do Estado", disse Garotinho, pré-candidato à sucessão do governador Sérgio Cabral (PMDB), de quem é adversário.

"Como político experiente sei que preciso me relacionar bem com todos os possíveis candidatos à presidência da República, afinal, se for governador, tenho que estar em sintonia com o governo federal. A praticamente dois anos da eleição, embora Dilma seja favorita, quem conhece política sabe muito bem que é impossível dizer hoje quem será o próximo presidente do Brasil", afirmou o líder do PR no blog. O ex-governador disse que a aliança do PR com a presidente Dilma "foi nacional e envolve apoio aos projetos que o governo enviará à Câmara e ao Senado em favor do Brasil".

"Perseguição de Lula a Rosinha está no meu campo de visão", disse o deputado, em referência ao conflito entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ex-governadora do Rio Rosinha Garotinho, em janeiro de 2003, quando os dois estreavam nos cargos. O governo federal bloqueou recursos do ICMS do Rio para pagar parcelas da dívida do Estado com a União. Rosinha, hoje prefeita de Campos, no norte fluminense, é mulher de Garotinho.

O ex-governador concluiu: "A volta do PR ao Ministério dos Transportes não muda o que penso a respeito do PT, muito menos vai diminuir minhas cobranças a respeito das investigações de desmandos que tenham sido cometidos, nem tão pouco altera minha visão do que foi o mensalão, nem vai apagar da minha memória as covardias que Lula fez contra Rosinha quando governava o Estado do Rio de Janeiro, nem vai me transformar num político hipócrita".

Fonte: O Estado de S. Paulo

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