terça-feira, 4 de junho de 2013

Ação tucana tenta segurar PSB em Minas

Marcelo Portela

BELO HORIZONTE - Líderes de oito dos cerca de 20 partidos que integram a base do governo do tucano Antonio Anastasia em Minas criaram ontem uma espécie de força-tarefa pluripartidária para trabalhar pela provável candidatura presidencial do senador Aécio Neves (PSDB) no Estado. Segundo o presidente do PSDB-MG, deputado federal Marcus Pestana, uma das "tarefas do movimento" será buscar o apoio do prefeito de Belo Horizonte? Mareio Lacerda (PSB),

O governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, se articula para participar da corrida presidencial do ano que vem mas os aliados do senador tuca no estão confiantes em conseguir o apoio do prefeito da capital mineira.

"O PSB tem uma série dê circunstâncias específicas. Todas as lideranças aqui presentes pretendem ter uma conversa com o prefeito Mareio Lacerda no momento próprio. Há uma construção a ser feita", afirmou Pestana. "O apoio dele nós queremos. A unidade em tomo de um projeto."

Apesar de participar do governo tucano em Minas, o PSB não foi convidado para o encontro de ontem para não melindrar Campos. "Seria uma descortesia convidá-lo (o partido) para integrar o movimento sendo que ele tem uma dinâmica própria nacional", disse Pestana. Parceria, aliança, pressupõem respeito à dinâmica própria de cada força. Eles (PSB) estão num processo de transição, de consolidação de um novo momento partidário. Nós temos que respeitar."

Sucessão. O nome do prefeito já foi cotado para a sucessão de Antonio Anastasia (PSDB), mas Lacerda nega que tenha intenção de deixar o cargo para se candidatar. A possível candidatura presidencial de Eduardo Campos atrapalhou os planos de Aécio em Minas uma das hipóteses seria apoiar Lacerda para o Palácio Tiradentes com o objetivo de arregimentar o PSB no plano nacional. Anastasia não pode ser reeleito e não há nome natural para a disputa pelo Executivo mineiro.

Atualmente, três nomes do PSDB - Marcus Pestana; o presidente da Assembleia Legislativa, Dinis Pinheiro; o secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Narcio Rodrigues - e o vice-governador Alberto Pinto Coelho (PP) são cotados para a disputa.

Aliados. Outra atribuição das lideranças reunidas ontem em Belo Horizonte é tentar convencer a direção nacional de seus partidos a aderirem à futura candidatura de Aécio Neves ou, pelo menos, deixar que os diretórios estaduais definam as coligações regionais.

Estavam presentes à reunião integrantes de legendas que integram a base da presidente Dilma Rousseff, como PSD, PR, PTB e PDT, além de partidos da oposição, como DEM e PPS.
"Não há exigência de verticalização. Mas todos trabalharão no sentido de trazer esses partidos, até em nível nacional, para a candidatura de Aécio Neves. (O senador) tem bom trânsito to n todos esses partidos e capacidade de aglutinação", observou Alberto Pinto Coelho, cuja legenda também apoia o governo federal.

Representantes do PV também foram convidados, mas alegaram "problema de última hora" e não compareceram.

Fonte: O Estado de S. Paulo

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