terça-feira, 4 de junho de 2013

PMDB cobra mais espaço no governo

A cúpula do PMDB se reuniu ontem com a presidente Dilma Rousseff para pedir maior autonomia nos ministérios sob comando do partido e também cargos no segundo escalão, entre eles diretorias da Infraero. Os peemedebistas se sentem desvalorizados no governo. A relação piorou recentemente, após a votação da MP dos Portos.

PMDB leva insatisfação a Dilma e pede espaço

Em encontro com presidente, líderes da sigla falam em mais autonomia nos ministérios.

Erich Becat, Luciana Nunes Leal

BRASÍLIA, NATAL - Em reunião com a presidente Dilma Rousseff na noite de ontem, integrantes da cúpula do PMDB colocaram na mesa as Insatisfações da base aliada afloradas desde a votação da MP dos Portos* no último dia 16. Os peemedebistas dizem que se sentem desvalorizados no governo Dilma e cobram mais espaço na Esplanada.

Na lista de demandas está uma maior autonomia dos ministérios que o partido já possui e cargos no segundo escalão -incluindo diretorias da Infraero, estatal subordinada à Secretaria de Aviação Civil, comandada pelo PMDB.

Da reunião com Dilma participaram o vice-presidente da República, Michel Temer, os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Antes do encontro, Alves disse a integrantes da bancada do PMDB, segundo o apurou o Estado, que não deixaria de expor para a presidente "a verdade" sobre as dificuldades da base no Congresso. O presidente da Câmara fez ma semana passada duras críticas à articulação do Planalto no Congresso.

Minuto de aplauso. Mais cedo, d irante a visita de Dilma a Natal, no Rio Grande do Norte, o presidente da Câmara fez rasgados elogios à presidente. E111 seu discurso, pediu à plateia um minuto de aplausos de pé para Dilma - e foi atendido. Alves também agradeceu "o apoio, a correção e a lealdade" de Dilma durante sua campanha pela presidência da Câmara. "A senhora foi muito correta comigo e com o PMDB. Não podemos esquecer disso nos momentos de embate, em nenhum momento", discursou. "Se depender do Rio Grande do Norte, a senhora aqui vai ter sempre nosso respeito, nosso apoio, nossa solidariedade, hoje e no futuro." Também a governadora Rosalba Ciarlini, do oposicionista DEM, elogiou "a lição de democracia" e agradeceu a Dilma "por ser esta presidenta sensível, dedicada, de todos os brasileiros".

Henrique Alves e Rosalba intercalaram os afagos com uma longa lista de pedidos para o Rio Grande do Norte, mas a grande maioria já estava contemplada nas iniciativas e obras que seriam anunciadas por Dilma em seguida um pacote de investimentos que somam cerca de R$ 2 bilhões.

A solenidade de entrega de 171 retroescavadeiras e motoniveladoras para municípios que estão em situação de emergência por causa da seca, reuniu os 149 prefeitos das cidades contempladas.

"Estamos acelerando o processo para tornar o Rio Grande do Norte mais competitivo, Isso não é uma ação contra os outros Estados, mas a favor do Rio Grande do Norte» Temos grandes investimentos em Pernambuco, no Ceará, na Bahia, mas temos também no Rio Grande do Norte", discursou a presidente, que, em determinado momento, chamou o Estado de Rio Grande do Sul, mas logo se desculpou. Pouco antes, Henrique Alves havia dito que "a Bahia nem parece mais Nordeste" e citado investimentos da União em outros Estados nordestinos.

Fonte: O Estado de S. Paulo

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