quinta-feira, 27 de junho de 2013

Poema para o filho morto

À nosso filho morto no Chile em 25/6/1972)

O Filho
Perdido
Na noite
Da eternidade
Estranha
Sem
Que possa
Guardá-lo
No colo

Vive,
No meu
Desconsolo

Como um
Condor
Desgarrado
No alto
De uma
Montanha

Voa!!!
À noite
As estrelas
São
Ternas
Brilhantes
E belas!!!

Voa,
Pequeno
Condor!!!

Na infinita
Eternidade,
Nas asas
Da minha
Saudade,
Nas nuvens
Do meu amor
Nas pedras
Da minha dor!!!

Graziela Melo, Santiago, ago./1972

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