sábado, 27 de julho de 2013

Campos prega debate do futuro do Brasil na eleição presidencial

Para pré-candidato do PSB, a pobreza da discussão em 2010 é responsável pela crise que país passa hoje

Maurício Lopes

RECIFE - O presidente nacional do PSB e governador do estado de Pernambuco, Eduardo Campos, criticou ontem a pobreza do debate político nas eleições de 2010, que levaram Dilma Rousseff à Presidência da República, e defendeu "uma mudança de patamar", com a discussão de questões determinantes para o futuro do país.

- É importante que o debate sobre o futuro do Brasil seja feito pela expressão de pensamentos estratégicos que nos guiem a uma mudança de patamar. Foi exatamente isso que não aconteceu nas eleições de 2010, onde o debate foi um dos mais pobres de que já tivemos notícia no Brasil. Muito do que estamos passando hoje foi a ausência desse debate político - disse Campos, durante palestra na sede da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco.

O governador de Pernambuco apoiou a eleição de Dilma em 2010, e seu partido é da base aliada do governo. Na recente pesquisa CNI/Ibope que confirmou a queda de popularidade de Dilma e da maioria dos governadores após os protestos de rua, em junho, Campos foi o único que manteve seus indicadores acima de 50% de aprovação. Após ter comemorado o resultado da pesquisa na quinta-feira, ontem ele afirmou que o levantamento encheu a sua equipe de responsabilidade:

- Só há uma forma de agradecer a tanta solidariedade, é trabalhando.

Pré-candidato do PSB à Presidência em 2014, Campos minimizou a troca de comando do partido em Minas Gerais, interpretada como um movimento para fortalecer sua candidatura e facilitar entendimentos com o PSDB de Aécio Neves para um palanque duplo no estado.

No início desta semana, o diretório nacional do PSB destituiu do comando da legenda em Minas o senador Walfrido dos Mares Guia, ligado ao PT, e nomeou o deputado Júlio Delgado, defensor da candidatura de Eduardo Campos e ligado ao grupo político de Aécio.

- Não existe nada disso, são mudanças feitas nas comissões provisórias naturalmente. Algumas delas estavam previstas há seis meses, como em Minas Gerais. Eu recebi Walfrido em março falando do pós-eleição, da necessidade de uma comissão provisória - justificou o governador.

Fonte: O Globo

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