sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Campanha pede 'Gol de Silêncio' por vítimas da ditadura no Chile

Allan Caldas

Uma campanha da Anistia Internacional no Chile promete dar o que falar nesta sexta-feira. Ou melhor, dar o que calar. Em um belíssimo spot publicitário, a entidade de proteção aos direitos humanos pede que os jogadores e torcedores chilenos troquem o grito de gol na partida contra a Venezuela pelo silêncio, em homenagem aos 12 mil presos políticos da ditadura de Augusto Pinochet que, na década de 70, passaram pelos porões do Estádio Nacional de Santiago, local do jogo das 21h30 (horário de Brasília), pela 16ª rodada das eliminatórias, que tem jogos em todo o mundo nesta sexta.

O mítico estádio chileno, palco dos principais jogos da seleção, foi usado pelo governo militar do país como prisão política e local de torturas e mortes. A campanha da Anistia Internacional marca os 40 anos do golpe de 11 de setembro de 1973, que resultou na morte do presidente eleito Salvador Allende e colocou Pinochet no poder.

- Queremos pedir a todos que no primeiro gol do jogo NÃO GRITEM. Será um gol de silêncio em memória dos que foram calados - diz um trecho da campanha #GoldeSilencio.

- Sabemos que reprimir o primeiro grito de gol é pedir muito. Mas o bom é que no segundo, vamos festejar totalmente - completa o comercial.

Com 21 pontos, o Chile está em quarto lugar nas eliminatórias, limite para a classificação direta para a Copa de 2014. A Venezuela vem em sexto, com 16, e luta para ir pela primeira vez a um Mundial.

Veja o comercial da Anistia Internacional:

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