quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Deputados do Rio têm até sábado para trocar de sigla

Wagner Montes pode ir para o PRB; Romário flerta com Solidariedade

Juliana Castro

Termina no próximo sábado o prazo para que os candidatos a um cargo nas eleições de 2014 estejam filiados ao partido pelo qual vão concorrer. Com isso, os deputados estaduais do Rio andam ensaiando uma dança das cadeiras que ficou mais dinâmica com a aprovação do registro do partido Solidariedade, do deputado federal Paulinho da Força.

A maior expectativa fica por conta da movimentação do deputado estadual Wagner Montes, atualmente no PSD. Parlamentar mais votado para a Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) em 2010, com 528.628 votos, ele está de malas prontas para o PRB, do senador Marcelo Crivella. O parlamentar disse que vai para o partido, desde que vire presidente estadual.

— Quero reoxigenar o partido. Conversamos, mas o PRB ainda não me deu a resposta — declarou Wagner Montes, que quer disputar o Senado, mas admite que também poderia tentar a Câmara.

Nos corredores da Alerj, é consenso que haverá uma debandada do PSD assim que Wagner Montes concretizar sua saída. A bancada de 11 deputados — a maior da assembleia, ao lado do PMDB — pode ficar com apenas cinco. Os outros seis deixariam a legenda, não i necessariamente rumo ao PRB. Graça Pereira foi a primeira a dar o passo e já está desfiliada.

Quem também está praticamente de malas prontas para outro partido é o ex-jogador Bebeto. Desgostoso com os escândalos envolvendo o PDT, ele tem conversado com ou; tras legendas, inclusive com o Solidariedade. O deputado fe-| deral Romário, companheiro de Bebeto na Copa do Mundo de 1994, também tem namorado com a nova sigla. As conversas com o Baixinho têm sido diretamente com o deputado Paulinho da Força.

O deputado estadual Pedro Fernandes, atualmente no PMDB, é o articulador do Solidariedade no Rio. A nova sigla, apesar de se alinhar nacionalmente a Aécio Neves (PSDB), deve apoiar Lindbergh Farias (PT) ao governo do Rio. Na Alerj, Pedro Fernandes tem tentado cooptar principalmente os deputados do baixo clero. Oficialmente, Pedro Fernandes nega que o apoio a Lindbergh esteja certo e que tenha a intenção de atrair parlamentares com mandato.

Para completar o troca-troca, os cinco deputados estaduais do PSB devem deixar a sigla, após a crise envolvendo a direção nacional e o diretório do Rio.

Fonte: O Globo

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