quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Eduardo age e "enquadra" o PSB do Rio

2014 Alexandre Cardoso, presidente do partido no RJ, conversa com governador e demonstra afinidade com os interesses da sigla

Depois de destoar publicamente da candidatura presidencial do governador Eduardo Campos, o presidente do PSB no Rio de Janeiro e prefeito de Duque de Caxias, Alexandre Cardoso, veio ao Recife, ontem, quando tomou café da manhã com o líder socialista. Do encontro, saiu o gesto de que estará com "o que o partido decidir", afinando-se à cúpula do PSB. Palanque fundamental para o voo nacional de Eduardo, o Rio, terceiro maior colégio eleitoral do País, segue indefinido e Cardoso tem sido figura polêmica. Há duas semanas, pregou o apoio à candidatura do vice-governador, Luiz Fernando Pezão, a opção do governador Sérgio Cabral (PMDB), algo descartado pelo PSB.

O clima esquentou quando o nome do ex-ministro da Saúde José Gomes Temporão (PSB) surgiu como opção à candidatura própria no Rio. Nesse momento, Cardoso declarou não ter sido consultado sobre o assunto, disparando que defendia o apoio a Pezão e à reeleição da presidente Dilma Rousseff, em 2014. A insurgência não agradou a cúpula do PSB. Nos dias que se seguiram, notícias sobre um possível licenciamento de Cardoso da executiva estadual pipocaram, o que até o momento não ocorreu.

Ao aceitar um convite pessoal do governador, Cardoso - à frente do terceiro maior colégio eleitoral do Estado fluminense - demonstra a afinidade com o seu líder maior. Dessa forma, o PSB tenta descascar, até então, o maior "abacaxi". "Ele pode continuar a defender Pezão, essa é uma opinião pessoal dele. O debate é livre. Mas quando o partido decidir em 2014, ele estará com essa decisão", disse, em reserva, um interlocutor de Eduardo. O secretário-geral do PSB, Carlos Siqueira, eximiu-se de entrar em detalhes no assunto tratado entre Eduardo e Cardoso, mas admitiu que a prioridade, agora, é o "fortalecimento da chapa proporcional". "A eleição majoritária só acontecerá em 2014", pontuou.

O palanque do PSB no Rio de Janeiro segue uma incógnita. Sem sucesso, o partido tentou atrair o senador Lindenberg Farias (PT), que quer disputar o Palácio Guanabara, mas não goza do apoio do PT. Outra opção é uma aliança com o PDT, apoiando uma eventual candidatura do ex-ministro Miro Teixeira.

Palanque
O deputado federal Paulinho da Força (PDT-SP) recebeu, ontem, um "não" do governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), para presidir o Partido Solidariedade no Estado. Cid é outro que defende a reeleição de Dilma e quer o apoio do PSB ao senador Eunício Oliveira (PMDB) na disputa pelo governo do Estado. Caso não aconteça, vem ameaçando migrar para o PSD.

Fonte: Jornal do Commercio (PE)

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