segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Na reta final, Marina evita derrotismo e nega 'plano B'

Rede ignora dificuldade na Justiça e discute política de filiação do grupo

Para que ex-senadora dispute o Planalto pelo partido, TSE precisa conceder registro até o início de outubro

Apesar das barreiras para viabilizar a criação da Rede Sustentabilidade, a ex-senadora Marina Silva e dirigentes do partido evitam o clima de derrota e insistem na estruturação do grupo.

A 13 dias do prazo final para conseguir o registro da Justiça Eleitoral para disputar as eleições de 2014, a Rede já conta com cerca de 2.000 pré-filiados e aprovou no final de semana normas para a formação de seus quadros. As regras para filiação ainda não foram divulgadas pelo grupo.

Segundo a ex-senadora, que trabalha para garantir sua candidatura ao Planalto no ano que vem, mesmo com o prazo curto para o partido ser oficializado, não há motivos para discutir um plano B.

"Vocês já viram alguém indo para o altar com um noivo ou uma noiva e alguém pergunta: e se ele enfartar? E se acontecer alguma coisa, o que ele vai fazer? Ah, estou de olho ali na vizinha, tenho um plano B", disse.

Marina saiu em defesa, mais uma vez, da coleta de assinaturas feita pelo grupo.

A Rede precisa ser oficializada pelo TSE até 5 de outubro. A principal tarefa é fazer com que o tribunal considere válidas cerca de 130 mil fichas que foram recusadas pelos cartórios eleitorais sem a apresentação de justificativa.

"Temos plena certeza de que atendemos os requisitos legais. Mobilizando milhares e milhares de pessoas, que assinaram e estão acompanhando esse processo", disse Marina. "É talvez o primeiro partido com torcida que estou vendo nascer no Brasil".

Dirigentes do grupo minimizaram o parecer do vice-procurador-geral eleitoral, Eugênio Aragão, no qual afirmou que a sigla "ainda não demonstrou o caráter nacional". Para esses representantes da Rede, o texto fez uma avaliação circunstancial, considerando apenas o primeiro lote de fichas.

O comando da Rede espera que até o dia 3 de outubro a Justiça Eleitoral tenha definido a situação do grupo. Com isso, caso a legenda seja rejeitada, restariam dois dias para avaliar o cenário e decidir, por exemplo, se os integrantes poderão se filiar a outros partidos para 2014.

Se o registro for negado, há quem defenda recorrer ao Supremo Tribunal Federal para criar a legenda.

Fonte: Folha de S. Paulo

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