domingo, 3 de novembro de 2013

Comitê eleitoral 2: Dilma reúne 15 ministros e cobra vitrine

Presidente na ofensiva para concluir obras

2014. De olho na reeleição, Dilma Rousseff cobra de 15 ministros a entrega de intervenções consideradas vitrines para o governo

BRASÍLIA - De olho na eleição de 2014, a presidente Dilma Rousseff cobrou ontem de 15 dos seus 39 ministros a conclusão de obras consideradas vitrines para o governo federal na campanha à reeleição. Dilma pediu que as benfeitorias sejam aceleradas para que, até o final do ano, parte delas seja entregue à população.

A presidente se reuniu com os ministros por sete horas no Palácio da Alvorada para discutir o cronograma de obras nas áreas de Saúde, Educação e Infraestrutura. Ao negar que o objetivo do encontro tenha sido alavancar a campanha eleitoral de Dilma, a ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil) disse que a presidente fez compromissos à população e, agora, chegou a hora de o governo implementá-los.

"Isso tem a ver com resultado de governo. Um governo é eleito, organiza os seus programas, faz compromissos com a população e tem que prestar contas. Estamos no momento de prestação de contas e de entregas", afirmou Gleisi Hoffmann. "São várias entregas que a presidente cobrou dos ministros para que agilizassem, inclusive, alguns resultados e que nós pudéssemos prestar contas à população", completou a ministra.

Dilma pediu que cada ministro fizesse um balanço das obras vinculadas à sua pasta e disse que vai repetir o encontro com aqueles que não estiveram presentes ontem - para discutir outros setores, como Agricultura e Esportes, às vésperas da Copa de 2014.

Entre as obras que Dilma pretende inaugurar, Gleisi citou unidades básicas de saúde, aumento de profissionais do programa Mais Médicos, residências do Minha Casa, Minha Vida, além do Pronatec. Ainda segundo a ministra da Casa Civil, as datas de inaugurações serão definidas de acordo com as agendas da presidente e dos ministros ligados às obras.

"São (cobranças) naturais do processo de monitoramento que temos feito sempre. A presidente vai marcar outras reuniões", afirmou a ministra.

Campanha
A estratégia do Planalto é acelerar as obras para que Dilma tenha o que mostrar na sua campanha à reeleição. Nos últimos meses, a questão eleitoral ganhou força com a união da ex-senadora Marina Silva com o governador Eduardo Campos (PSB), antigos aliados e que devem se candidatar em 2014.

O senador Aécio Neves (PSDB-MG), provável adversário da presidente, também começou a fazer viagens pelo País, com acusações de paralisia do governo em diversos setores - especialmente na área de infraestrutura.

O ministro Paulo Bernardo (Comunicações) disse que a reunião, em pleno feriado, não foi emergencial - mas de cobrança para que as ações do governo sejam agilizadas. "Ela só quer que as coisas aconteçam, está preocupada, perguntou especificamente de alguns programas, como o Mais Médicos, se os médicos estão chegando, vão ser alocados nos lugares onde precisa e a população vai ser atendida. Foi nessa linha", disse.

Fonte: Jornal do Commercio (PE)

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