quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Confirmação de Aécio na disputa será em janeiro

Escolha de tucanos para eleições ao Planalto em 2014 seria em março

BRASÍLIA- Pela primeira vez, o senador e presidenciável tucano Aécio Neves (MG) admitiu, claramente, que a confirmação de sua candidatura à Presidência da República deve ser confirmada em janeiro. Numa briga surda com o ex-ministro José Serra, que tem participado de eventos públicos e viajado pelo país na tentativa de viabilizar-se para uma disputa com Aécio pelo cargo, o senador disse na noite de anteontem, em entrevista ao programa "Frente a Frente"," do canal católico Rede Vida, que a definição deve ser antecipada de março para janeiro.

— O PSDB não pode se precipitar, mas também não pode ser engolido pelo tempo — disse Aécio, explicando que até dezembro será lançado um "Decálogo" conjunto de propostas para ser debatido com a sociedade. — E em janeiro definiremos quem empunhará essas propostas.

Aécio deu a declaração depois de passar todo o dia em reunião com aliados, quando tomou o cuidado de não falar em datas para a formalização da candidatura. Num encontro de tucanos segunda-feira em São Paulo, com o ex-presidente Fernando Henrique presente, teria ficado acertado com José Serra que não daria para esperar até março. Mas antes do anúncio da antecipação seria construída uma saída diplomática para todos.

Aécio defende lei do aborto
Inquirido por telespectadores da Rede Vida, Aécio falou de aborto e drogas. Sobre o aborto, defendeu a manutenção da atual legislação, a não ser que um plebiscito dite alterações. Sobre drogas, disse que, ao contrário de FH, é contra a descriminalização:

— Temos que enfrentar esse debate. Mas discordo do ex-presidente Fernando Henrique. Não vi ainda benefícios da descriminalização em lugar nenhum do mundo. Vamos esperar o resultado da experiência do Uruguai.

Na entrevista, Aécio afagou o pré-candidato do PSB a presidente, Eduardo Campos, e bateu duro na presidente Dilma Rousseff. Disse que, apesar de ela ter 100% de conhecimento nacional e fazer uma campanha bilionária de propaganda, não supera o teto de 40% de intenções de votos.

Fonte: O Globo

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