sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Painel - Vera Magalhães

Esquadrão antibomba
O Palácio do Planalto teme que o Congresso ceda à pressão de trabalhadores que aguardam a aprovação de reajustes salariais e decidiu reforçar a articulação para tirar esses projetos da pauta. A presidente Dilma Rousseff deve se reunir com líderes da Câmara e do Senado na próxima semana para desarmar as "bombas fiscais", que ampliam despesas do governo. A avaliação é que a tentativa de convencimento conduzida pelas ministras Ideli Salvatti e Gleisi Hoffmann não surtiu efeito.

Buzinaço O governo calcula que o Congresso não vai suportar a pressão de 10 mil agentes de saúde que devem ir a Brasília reivindicar reajuste na próxima semana e expor nas redes sociais quem votar contra o projeto.

Barril Dilma estará hoje com a presidente da Petrobras, Graça Foster, no lançamento de uma plataforma no estaleiro de Rio Grande (RS). É o primeiro encontro das duas desde que a presidente afirmou que não foi consultada sobre proposta de reajuste do preço da gasolina.

No bolso O governo de São Paulo resiste em incluir outras empresas na ação de ressarcimento contra a Siemens, como quer a Justiça. Tem receio de que, caso o Cade não formalize a existência do cartel, ele seja obrigado a arcar com as custas da causa.

Vaquinha O Palácio dos Bandeirantes já considerava que a ação poderia ser rejeitada, mas achou necessário dar uma resposta às acusações. Na estratégia do governo, caso a ação seja aceita, caberá à Siemens acionar as demais empresas do cartel para que dividam o prejuízo.

Inferno astral Aniversariante de ontem, o governador Geraldo Alckmin ganhou de presente uma pilha de livros, entre eles títulos de política, religião e autoajuda. Queixou-se apenas de não ter recebido nada dos deputados estaduais da base: "Estão em crise porque perderam o auxílio-paletó na Assembleia".

Teste... Líderes do PT apontam semelhança entre o projeto de Aécio Neves (PSDB-MG) de integrar o Bolsa Família à legislação de assistência social e outro, apresentado em 2008 pela ex-deputada Rita Camata (ES).

... de DNA Os dois textos recebem a mesma crítica do governo: reduzem o programa ao assistencialismo, sem levar em conta seu impacto na educação e na saúde.

Vem cá 1 A ala majoritária do PPS, que quer apoiar Eduardo Campos, quer fazer do congresso do partido, em dezembro, o primeiro gesto público em direção à aliança com o socialista. O governador será convidado e terá papel de destaque no encontro.

Vem cá 2 Aécio também será convidado. Com isso, a sigla tenta não melindrar o PSDB e aproximar os dois rivais de Dilma, de olho num eventual segundo turno.

Quem avisa... José Sérgio Gabrielli disse anteontem a Lula que a candidatura de Lídice da Mata (PSB) ao governo baiano reforça o palanque de Campos no Nordeste.

... candidato é Em causa própria, o ex-presidente da Petrobras opinou que o PT precisará de um candidato com bom trânsito entre empresários e movimentos sociais. Lula disse para Gabrielli manter o bloco na rua.

Na foto O ex-presidente vai votar na eleição interna do PT ao meio-dia de domingo, em São Bernardo do Campo. Vai levar a tiracolo o ministro e pré-candidato Alexandre Padilha (Saúde).

Visita à Folha Eduardo Cunha, deputado federal pelo Rio e líder do PMDB na Câmara, visitou ontem a Folha. Estava com Flávia Morais, assessora de imprensa.

Tiroteio
"O governo tucano confundiu ação jurídica e ação de marketing. Esqueceu que a Justiça não age embalada por pesquisas eleitorais."

DE EMIDIO DE SOUZA, ex-prefeito de Osasco e candidato a presidente do PT-SP, sobre rejeição de pedido de ressarcimento feito por Geraldo Alckmin à Siemens.

Contraponto
Dinâmica de grupo

Logo após a eleição de Lula em 2002, a cúpula da campanha petista viveu dias de expectativa sobre a montagem do novo ministério. Todos os aliados acreditavam que poderiam receber a qualquer momento um telefonema do chefe do cerimonial, Marcos Laguna, que tinha a incumbência de contatar os futuros ministros.

--O Laguna já ligou?! --, perguntavam-se a toda hora.

A tensão era tão grande que, durante um evento, o então prefeito de Aracaju, Marcelo Déda, fez uma brincadeira para testar os ânimos e, ao se aproximar de uma roda de petistas, gritou: "Ministro!". Todos se viraram.

Fonte: Folha de S. Paulo

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