domingo, 3 de novembro de 2013

Partidos grandes se esforçam para ter controle dos Estados

PT, PSDB, PMDB e PSB traçam estratégias para aumentar o atual número de governadores eleitos

Lucas Pavanelli

Os três partidos que governam o maior número de Estados hoje e que vão disputar a Presidência da República, no ano que vem, pretendem lançar entre 10 e 11 candidatos aos governos estaduais. Há oito meses para as definições das chapas, caciques do PSDB, do PSB e PT admitem que o cenário pode mudar, mas tentam viabilizar candidaturas competitivas para o pleito do ano que vem.

O secretário geral do PSDB, deputado federal Mendes Thame, afirma que nem todos os postulantes irão, de fato, se candidatar no ano que vem.

“A regra é termos candidato à reeleição ou nome forte nos Estados onde já estamos. Nos outros locais, ter pré-candidato é um pressuposto que nos dá poder de barganha”. Hoje, o PSDB governa os Estados de Minas, São Paulo, Paraná, Alagoas, Tocantins, Pará, Roraima e Goiás. Desses governadores, metade pode se reeleger: Geraldo Alckmin (SP), Marconi Perillo (GO), Simão Jatene (PA) e Beto Richa (PR).

No PSB, a pré-candidatura do governador de Pernambuco, Eduardo Campos à Presidência turbinou as pretensões do partido. “A candidatura presidencial estimula. É é um vetor importante para as candidaturas a governo de Estado”, afirmou o secretário nacional do partido, Carlos Siqueira.

No PT, a meta é aumentar o número de governadores. Os petistas estão, hoje, no Acre, na Bahia, no Distrito Federal, no Rio Grande do Sul e em Sergipe. Podem se reeleger, Tião Viana (AC), Agnelo Queiroz (DF) e Tarso Genro (RS). O governador do Sergipe, Marcelo Déda, reeleito em 2010, trata de um câncer e não deve liderar a sua sucessão, o que é considerado uma perda.

Pelas contas do vice-presidente do PT, o senador Humberto Costa, de Pernambuco, o partido no Nordeste será cabeça de chapa na Bahia, no Piauí e, talvez, em Pernambuco, onde a legenda admite a compor para sair ao Senado. Costa rechaça um cenário de dificuldade no Nordeste. “Eu acho que a situação não é ruim, pelo contrário. Dilma e Lula é que são os grande puxadores de voto no Nordeste. Onde não tivermos candidaturas, teremos palanques fortes com os aliados”, explica.

Em pelo menos três Estados – Minas, Goiás e Bahia – PT, PSDB e PSB podem ter confronto direto. Para o Palácio Tiradentes, a briga se desenha para um confronto entre o ex-ministro Pimenta da Veiga (PSDB), o atual ministro do Desenvolvimento Econômico, Fernando Pimentel (PT) e o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), que tem a preferência dentro do partido.

Em Goiás, o governador tucano Marconi Perillo tenta a reeleição e pode enfrentar o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, ou o de Anápolis, Antônio Gomide (ambos petistas). O presidente estadual do PSB, Vanderlan Cardoso é nome certo na disputa.

Na Bahia, o PT do governador Jaques Wagner deve indicar o ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli para sua sucessão. Os petistas devem enfrentar o tucano Antônio Imbassahy e a senadora Lídice da Mata (PSB).

Fonte: O Tempo (MG)

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