terça-feira, 26 de novembro de 2013

Solidariedade pede a Aécio imposto sobre fortunas

Partido recém-criado vai Levar ao tucano ideias para programa de governo, como redução da jornada de trabalho

Vera Rosa

BRASÍLIA - Na contramão do PDT, que Vai apoiar a reeleição de Dilma Rousseff, o recém-criado Solidariedade está prestes a fechar acordo com o senador Aécio Neves (MG), provável candidato do PSDB ao Planalto. Dispostos a ajudar o tucano na campanha, dirigentes da Força Sindical -central ligada ao Solidariedade - vão almoçar hoje com o mineiro, em Brasília, e apresentar uma carta com o que gostariam de ver no seu plano de governo.

Em 2010, a Força apoiou Dilma, a pedido do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Mas agora a tendência é a gente ficar com Aécio. Dilma não cumpriu nada do que nos prometeu", disse o deputado Paulinho Pereira da Silva (SP), dirigente da Força e presidente do Solidariedade, dissidência do PDT.

Entre as propostas que serão enviadas a Aécio estão velhas bandeiras do sindicalismo e até do PT, como tributação de grandes fortunas, metas de crescimento e emprego, redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais e reforma agrária.

A carta critica a falta de "protagonismo" do Ministério do Trabalho, controlado pelo PDT. "Outra questão fundamental ao diálogo social é a recuperação do protagonismo do Ministério do Trabalho e Emprego, que vem sendo sucateado há tempos", diz um dos trechos do documento.

Para Paulinho, o ex-ministro do Trabalho e presidente do PDT, Carlos Lupi, é um "simulacro de ditador". Em entrevista ao Estado publicada no sábado, Lupi criticou a gestão do deputado à frente do PDT paulista. "Ele controla o partido pelo medo e por canetadas, já que grande parte dos diretórios é provisória. Quem tem dúvidas sobre Lupi deve perguntar a Dilma, que o faxinou."

Mesmo com a iminente aliança da Força Sindical com Aécio, o governador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos, ainda tenta atrair a central e outras entidades do gênero para sua campanha ao Palácio do Planalto.

Fonte: O Estado de S. Paulo

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