quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Eduardo agradece investimentos, mas alfineta presidente Dilma

O discurso do governador Eduardo Campos, na entrega da plataforma P-62 no Estaleiro Atlântico Sul, no Complexo de Suape, foi cheio de recados à presidente Dilma Rousseff. No estilo "morde e assopra", Eduardo Campos agradeceu os investimentos feitos pelo governo federal no estado, mas ressaltou que o Nordeste ainda é tratado com diferenças e representa apenas 13,5% das riquezas do país, apesar de 28% da população do país viverem na região.

Eduardo reconheceu que havia muita expectativa para o encontro dos dois potenciais candidatos à Presidência da República em 2014 - ele próprio e a presidente Dilma. "Este momento poderia ser entendido como o encontro de quadros políticos que amanhã poderiam viver uma disputa legitimamente democrática, mas não. Este é o encontro de uma presidente eleita pelo povo brasileiro e por um governador. Mas somos dois representantes do povo têm consciência de saber separar o governo da disputa política", discursou o governador. Em seguida, Eduardo ressaltou ter um respeito muito grande por Dilma.

O governador agradeceu as parcerias realizadas entre os governos federal e estadual. Disse que os agradecimentos deveriam ser estendidos aos pernambucanos e à equipe da gestão socialista. Foi então que Eduardo destacou que os nordestinos ainda são vítimas da concentração de renda e de investimentos do país, que privilegia o Sudeste e o Sul. "Parece que a porta que nos leva ao trabalho e a cidadania está sempre fechada, que a gente tem que ser mais capaz, tem que trabalhar mais que os outros, ter mais fé do que os outros", frisou.

Então, o governador falou sobre a paternidade de obras realizadas no estado. Nas últimas semanas, o governo federal e lideranças petistas têm destacado que o crescimento de Pernambuco é fruto, principalmente, dos investimentos federais. Eduardo voltou a dizer que o "dinheiro é do povo brasileiro", um discurso que tem sido repetido por seus auxiliares nas inaugurações e em entrevistas a veículos de comunicação. "Temos consciência que os recursos públicos não pertencem a prefeituras, estados ou União, mas ao povo e a ele devem voltar em obras para fazer com que a vida melhore", afirmou.

Fonte: Diário de Pernambuco

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