sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Quem entender o dilmês me traduza – Alberto Goldman

Dilma falou à imprensa e disse que São Paulo terá, em breve, um terceiro aeroporto, privado, na Região Metropolitana de São Paulo. Seria na região de Caieiras, mas…não está claro ainda quando, segundo a presidente.

Poucos dias depois do acidente com o avião da TAM no Aeroporto de Congonhas, que ocorreu em julho de 2007, isto é, há mais de 6 anos, ela e o Lula declararam que, em 60 dias teríamos conhecimento da área na Região Metropolitana onde seria construído o 3º aeroporto. Ainda agora, Dilma, não sabe se vai ser aqui ou ali e não está claro quando? Não sabe nada, isso sim.

Nós, a partir de 2007, desenvolvemos na Secretaria de Desenvolvimento do Estado de São Paulo um estudo que foi então apresentado ao ministro da Defesa Nelson Jobim que me alertou que já estava com outro estudo pronto sobre a mesma questão: construção do 3ºaeroporto. Assim como nada aconteceu, nada acontece nesse governo medíocre.

Também, depois de tantos anos, tricas e futricas, a presidente “decide” comprar os caças suecos para a renovação da força aérea. Durante anos o Lula namorou os caças franceses “Rafale”, depois a Dilma flertou com os caças americanos da ”Boeing” e, sem maiores explicações e justificativas, opta pelos suecos. Aí tem coisa.

Mas de Dilma não se pode esperar grande coisa. É até difícil entender o que quer dizer sobre várias questões, sua língua é o dilmês. Vejam e tentem entender três trechos de sua entrevista de ontem:

— “A questão da educação é uma questão fortíssima no Brasil. Acho que ela é, o Brasil hoje é um país, do meu ponto de vista, que tem na educação o seu grande caminho, porque, através da educação eu estabilizo a saída da miséria e a ida para a classe média. Só através da educação que nós vamos estabilizar, e educação de qualidade, senão você não estabiliza, ou então a pessoa fica lá. Então, discutiam porta de saída. A grande porta de saída é uma porta de entrada: é a educação”.

— “Nesse Pronatec Brasil Sem Miséria, nós já formamos 850 mil pessoas. E formar 850 mil pessoas é dar condição a eles de ter uma profissão. Você forma de ajudante para tratamento de idoso, até a quantidade imensa de cabeleireira que tem nesse país, né meninas? Vocês sabem que nós somos um dos países com maior consumo na área de indústrias da beleza. E prolifera essa questão. Faz parte da inserção, eu acho, da mulher no mercado de trabalho. Não sei se vocês viram essa mulher formada no Pronatec, era engraçadíssima, a unha era desse tamanho assim, pintada assim, toda bonita pintada, e ela era torneira mecânica. Estava formando em torneira mecânica. Mulher vai para torneira mecânica de unha pintada. Acho que esse é um processo inclusivo”.

—“Então, do meu ponto de vista acho que 2013 foi o momento em que a chamada crise, que muitos economistas internacionais discutiam se era em U, se era em V, se era em W. Ela é, eu acho, que num W mais profundo para esse momento, se você olhar do ponto de vista da economia internacional como um todo. De alguma economia pode até dizer: olha, foi pior no primeiro momento, lá em 2009. Eu acho que foi pior quando se aprofunda da crise da Europa e se combina com a crise americana, e além disso, com uma redefinição da economia chinesa. E isso indica uma perna para baixo do W mais profunda”.

Por favor, quem entendeu o dilmês, me traduza.

Alberto Goldman, vice-presidente nacional do PSDB

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