quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Brasília-DF - Denise Rothenburg

Nem vem, Dilma!
O PMDB tem na manga uma resolução que serve como luva para evitar que a presidente Dilma Rousseff queira colocar Josué Alencar como seu ministro na quota do PMDB. O documento foi aprovado na convenção do partido em fevereiro do ano passado e diz que ninguém com menos de seis meses de filiação partidária pode ocupar um cargo em nome do PMDB. O empresário ingressou na legenda em 3 de outubro. Ou seja, antes de meados de março (isso se o PMDB não disser que esses seis meses são de dias úteis), Josué não pode ocupar um cargo em nome de seu partido. Se for ministro agora, portanto, não será na cota da sigla.
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Os peemedebistas não engolem a história da nomeação de José Gomes Temporão para o Ministério da Saúde no passado como se fosse um representante do PMDB e fizeram a resolução justamente para evitar um “Temporão II”. Josué é visto como o nome de Dilma para substituir o ministro da Indústria e Comércio, Fernando Pimentel. Se Pimentel permanecer no cargo até abril, a indicação de Josué talvez cole. Ainda que a contragosto do partido.

De saída
Com Roberto Jefferson fora de combate, uma parte do PTB planeja meios de tirar o partido da coligação de Geraldo Alckmin em São Paulo. A intenção é seguir em direção ao apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff e, por tabela, de Alexandre Padilha ao governo.

Videogame
Os peemedebistas estão convencidos de que o PT prepara a “lógica da maldade” em relação a eles. A primeira é reduzir o poder do PMDB no governo, o que está em curso agora. Esse enfraquecimento terá como reflexo redução do combustível eleitoral do partido. E, tirando o gás na eleição, o PMDB estará menor em 2015, quando Dilma, se reeleita, fará uma recomposição ministerial. E, nesse caso, a legenda menor terá menos cacife para negociar. Eis o resumo da conversa de ontem no partido.

Ao prefeito, tudo
Fernando Haddad não tem o que reclamar do governo federal em termos de recursos em seu primeiro ano de governo. Só do Turismo foram R$ 261 milhões destinados à reforma de Interlagos, do Anhembi e, ainda, um troco para a Cidade do Samba. Já o governo estadual, a cargo do PSDB, ficou com R$ 10 milhões para o museu Pelé, em Santos, no litoral.

Desidratado e disponível
O Ministério de Portos virou o objeto do desejo de todos os partidos, inclusive do PMDB, por causa dos grandes negócios concentrados no setor, mas quem entende do traçado garante que o maior poder hoje está na Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). E essa, a Dilma não abre.

CURTIDAS

Périplo/ O presidente do PT, Rui Falcão, faz por esses dias um giro pelo Nordeste para avaliar os cenários eleitorais do partido na região. Começa por Fortaleza, depois, segue para Maceió e, finalmente, Salvador. Na primeira parada, a tendência do PT é acompanhar o que desejarem os irmãos Ferreira Gomes, Cid e Ciro.

Por falar no governador do Ceará…/ Cid Gomes (foto) está disposto a ficar no governo até o fim e, de lá, conseguir uma indicação para o Banco Mundial, o BIRD.

Depois do Copom…/ A oposição não tem mais dúvidas de que o discurso para 2014 é o bolso do brasileiro. E não se surpreenda, leitor, se você encontrar Aécio Neves ou Eduardo Campos nos supermercados em breve. É que ambos estão convencidos de que aqueles familiares responsáveis pelo abastecimento da casa estarão longe da campanha pela reeleição da presidente.

Sonho de consumo/ De saída do Planalto depois de longas reuniões, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, desabafou com um amigo: “Índios, presídios, rolezinho, Copa do Mundo… Só as minhas férias é que não chegam”. Ele está há um ano e meio sem aquela parada estratégica dos afazeres governamentais.

Fonte: Correio Braziliense

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