terça-feira, 14 de janeiro de 2014

PMDB confirma candidatura de Pezão ao governo, mas pode abrir mão de Cabral ao Senado

Cúpula do PMDB almoçou no Rio de Janeiro, onde tratou de eleições

Juliana Castro

RIO - A cúpula do PMDB, em reunião na tarde desta segunda-feira no Palácio Guanabara, confirmou a candidatura do vice-governador Luiz Fernando Pezão à sucessão estadual, mas flexibilizou a candidatura do governador Sérgio Cabral ao Senado. O objetivo é manter a aliança com o PT. De acordo com o presidente estadual da legenda, Jorge Picciani, Cabral pode abrir mão da disputa pela vaga.

- A candidatura já definida é a do Pezão. O governador Sérgio Cabral, como líder do partido, colocou o nome à disposição para a disputa do Senado. Mas ele tem colocado internamente que a prioridade é a eleição para o governo e a manutenção da parceria nacional e estadual entre PT e PMDB. Portanto, ele abre a possibilidade (de não se candidatar ao Senado), por mais que tenha um esforço de seus companheiros - disse Picciani

Participaram da reunião o governador Sérgio Cabral e o vice-governador Luiz Fernando Pezão, o vice-presidente da República Michel Temer, o presidente do PMDB, senador Valdir Raupp, o prefeito Eduardo Paes, o presidente do PMDB-RJ, Jorge Picciani e o líder do partido na Câmara, Eduardo Cunha. O ministro Moreira Franco (Aviação Civil) foi convidado, mas não compareceu.

Participaram ainda do almoço o presidente da Assembleia Legislativa do Rio, Paulo Melo, o deputado federal Leonardo Picciani, o secretário municipal de Governo, Rodrigo Betlhem, e Marco Antonio Cabral, filho do governador.

O Rio tem sido o epicentro da tensão que ronda as articulações entre os aliados PT e PMDB nos estados.

Os peemedebistas insistem no nome do vice-governador Luiz Fernando Pezão para a sucessão ao Palácio Guanabara. Pezão deve assumir o governo a partir de abril, já que Cabral declarou que sai do cargo no dia 31 de março para concorrer ao Senado.

O PT, por sua vez, quer lançar o senador Lindbergh Farias ao governo, o que desde o início despertou a ira dos peemedebistas, que dizem ter prioridade na aliança no Rio por estarem no comando do estado há sete anos e ter ainda a prefeitura da capital. Os petistas já estiveram próximos de desembarcar do governo Cabral em diversas ocasiões. Na última vez, a saída seria definida em uma reunião do diretório, mas o assunto foi retirado de pauta depois que o ex-presidente Lula ligou para Lindbergh.

Fonte: O Globo

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