sexta-feira, 30 de maio de 2014

Brasília-DF - Denise Rothenburg

- Correio Braziliense

O terceiro elemento
Em suas análises mais fechadas, os aliados da presidente Dilma Rousseff traçam cenários e três pontos que podem prejudicar a reeleição. No topo da lista está a economia, ou seja, o brasileiro sentir no bolso a alta dos preços. Em segundo lugar, vem o humor do eleitor a partir da Copa, evento que qualquer aspecto negativo se junta aos problemas econômicos levando o sujeito a descontar em Dilma.
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Por último vem a CPI Mista da Petrobras. Ali, a batalha campal reinará nos próximos dias. Isso porque esta em jogo a imagem do governo, do PT e de seus aliados. Por isso, os governistas decidiram controlar o colegiado com mãos de ferro e colocar ali aqueles que estão hoje com a presidente para o que der e vier.

Vista dupla
Dois deputados pediram vistas do processo contra Luiz Argôlo (SDD-BA), na sessão de ontem, do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. E de partidos diferentes: Sérgio Moraes (PDT-RS) e Júlio Delgado (PSB-MG). Antes, Fernando Ferro (PT-PE) alertou ao conselho sobre o risco da banalização de processos com base somente em denúncias da mídia, sem a comprovação de autos de inquéritos. O pluripartidarismo dos gestos animou o parlamentar baiano. Moraes, para quem não se lembra, é aquele que está "se lixando".

Mão dupla
Júlio Delgado pediu vista exatamente para evitar que, na semana que vem, outro deputado entrasse com a mesma solicitação, atrasando ainda mais o processo. Agora, com o pedido de dois, vale para todos.

Devagar com o santo
O PT comemorou a saída de Joaquim Barbosa do Supremo Tribunal Federal, mas há um grupo do partido bastante apreensivo. Isso porque a saída antes das eleições, deixa o ministro, que é popular, livre para dar opiniões e pitacos a respeito dos mensaleiros. E tem mais: quando o STF começar a soltar os políticos condenados nesse processo, não será com ele.

Apostas
A busca e apreensão no PMDB do Ceará a pedido do Ministério Público no mesmo dia em que Ciro Gomes foi discutir o futuro do Pros com Euripides Junior deixou os peemedebistas convictos de que foi uma declaração de guerra do governador Cid Gomes ao senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), pré-candidato ao governo. Nesse clima, aliança nem pensar.

CURTIDAS
Mina de votos/ Aécio Neves em Aparecida do Norte, Eduardo Campos em Franca e em Araraquara. Dilma Rousseff passou por São Paulo há dois dias. É o estado que toda semana recebe os pré-candidatos a presidente da República.

Memória/ O lançamento da candidatura do deputado Vieira da Cunha (PDT-RS) ao governo gaúcho será transformado em uma solenidade para marcar os 10 anos da morte de Leonel Brizola (foto). O presidente do PDT, Carlos Lupi, diz que a ideia é lembrar a data de modo festivo, como era o estilo do ex-governador.

Data escolhida/ Aécio Neves escolherá o vice antes da convenção de 14 de junho para não deixar que esse tema seja o mais relevante no dia do lançamento oficial da candidatura. As ações em alta são as do senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP).

O doleiro e o assessor/ Os parlamentares começam a comparar o iminente depoimento de Alberto Youssef, preso pela Operação Lava-Jato, ao do ex-assessor do Orçamento José Carlos Alves dos Santos, nos tempos da CPI dos Anões. Alves dos Santos foi quem deu à CPI a linha daqueles que sabiam do esquema de desvio de recursos e aqueles que estavam de gaiatos no navio.

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