domingo, 27 de julho de 2014

Aécio e Alckmin cumprem agenda juntos

• Dois dias atrás, governador paulista disse que, se convidado, participaria de atividades com presidenciável do PSB em São Paulo

Sílvia Amorim – O Globo

SÃO PAULO - Dois dias após ter afirmado que participaria de atividades de campanha com o presidenciável do PSB, Eduardo Campos, se fosse convidado, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), cumpriu, neste sábado, agenda eleitoral na capital paulista com o candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, e classificou como “futricas” as queixas de aliados do mineiro à aproximação entre ele e Campos. Para evitar mais polêmica, Aécio negou qualquer mal-estar entre ambos e disse que a declaração de apoio de Alckmin a ele é “suficiente”.

— Quem é do PSB vai apoiar o seu candidato, que é o Eduardo Campos, e quem é do PSDB apoia o Aécio, que é o meu candidato. O resto são apenas futricas — disse Alckmin, que desconversou quando perguntado se continuava de pé a posição de acompanhar o adversário de Aécio em alguma atividade em São Paulo.

O PSB de Campos faz parte da coligação de Alckmin, candidato à reeleição. O partido indicou o vice do tucano na sucessão paulista, o deputado federal Márcio França.

Depois de caminhar debaixo de chuva com o governador no parque da Juventude, construído no local do antigo presídio Carandiru, na Zona Norte, e visitar uma feira de tecnologia, na Zona Leste, organizada pelo padre Rosalvino, aliado do PSDB desde os tempos do ex-governador Mário Covas, Aécio afirmou estar satisfeito com as declarações de apoio de Alckmin.

— Para mim, isso é extremamente suficiente e satisfatório. Estou muito honrado em ter o apoio do governador Geraldo Alckmin, e vamos ganhar juntos a eleição.

Mais uma vez perguntado sobre o caso dos aeroportos feitos por sua gestão em Minas Gerais, o presidenciável repetiu que “não há nada mais a esclarecer”.
Aécio também disse concordar com alguns bancos e consultorias econômicas que avaliaram nos últimos dias que a vitória da presidente Dilma Rousseff não faria bem à economia brasileira.

— Essas avaliações apontam na mesma direção: o fracasso da política econômica da atual presidente da República. O atual governo perdeu a capacidade de gerar expectativas positivas e isso impacao fortemente em nosso crescimento.

O candidato tucano criticou a manifestação do governo sobre a guerra entre israelenses e palestinos:

— Acho que faltou equilíbrio. Todos nós temos que condenar o uso excessivo da força por parte de Israel, mas, da mesma forma, temos que condenar as ações do Hammas com o lançamento sucessivo de foguetes. Faltou uma palavra mais clara de convocação a um cessar-fogo e a um entendimento entre as partes. O Brasil se precipitou, a meu ver, com uma nota com viés muito mais unilateral do que o esperado de um país como o Brasil.

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