segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Para senador tucano, entrevista de Marta mostra que o PT é um partido 'em frangalhos'

• No rescaldo das declarações da senadora, Álvaro Dias (PSDB) acredita que o momento do PT 'reflete o cenário atual'

Ricardo Della Coletta - O Estado de S. Paulo

Brasília, 11/01/2015 - O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) afirmou ao Broadcast Político que a entrevista da senadora e ex-ministra Marta Suplicy (PT-SP) aoEstado, na qual a petista critica a presidente Dilma Rousseff e ataca o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e o presidente do PT, Rui Falcão, "reflete o cenário atual" e mostra que o PT é um "partido em frangalhos". "A casa está caindo literalmente. Nessas horas, aqueles que não tinham coragem de fazer oposição se tornam corajosos e os que só tinham o sentimento do adesismo, da cumplicidade e do fisiologismo se sentem encorajados em abrir dissidência", afirmou Dias.

"Será uma tempestade esse período de governo do PT, o vendaval vai soprar com muita força. O racha interno, o fogo amigo, as dissidências acentuadas, tudo isso vai se tornando rotina. (A entrevista) mostra que o PT é um partido enfraquecido, tumultuado, nervoso e que vive a tensão dos grandes escândalos", acrescentou Dias.

Em entrevista publicada neste domingo, dia 11, a senadora e ex-ministra da Cultura chama Mercadante de "inimigo do Lula" e "candidatíssimo" a presidente em 2018. Sobre Falcão, alega que ele "traiu o partido e o projeto do PT". Marta tampouco poupa em suas declarações a gestão Dilma e argumenta que "não se engendraram as ações necessárias quando se percebeu o fracasso da política econômica liderada por ela". Marta encerra fazendo um alerta: "ou o PT muda ou acaba."

O tucano disse que "é um pouco tarde" para pedir mudanças no PT. "O partido está na descendente e é irreversível. Quem vai promover mudança é o povo na primeira oportunidade eleitoral", disse. "É um partido em frangalhos. Nesta hora, é fácil aceitar que o PT é um fracasso no governo. Não sei qual a motivação dessas críticas, mas elas atingem o alvo. As palavras dela estão em concordância com o que tem sido dito pela oposição há vários anos. Pena que tenha sido só agora", concluiu.

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