quinta-feira, 21 de maio de 2015

Carlos Drummond de Andrade - Bolero de Ravel

A alma ativa e obcecada
enrola-se infinitamente numa espiral de desejo
e melancolia
Infinita, infinitamente...
As mãos não tocam jamais o aéreo objeto
esquiva ondulação evanescente
Os olhos, magnetizados, escutam
e no círculo ardente nossa vida para sempre está presa
está presa...
Os tambores abafam a morte do Imperador.

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In Carlos Drummond de Andrade ‘Sentimento do Mundo’

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