quinta-feira, 14 de maio de 2015

Traição ocorreu até entre líderes do PT

• Nove dos 63 membros da bancada petista votaram contra o governo, entre eles o ex-presidente da Câmara Marco Maia

• Apesar de fator previdenciário ter sido criado por FHC, tucanos foram unânimes em flexibilizar regra

Ranier Bragon e Sofia Fernandes – Folha de S. Paulo

BRASÍLIA - A traição na votação desta quarta (13) que criou alternativa ao fator previdenciário envolveu integrantes do primeiro time da bancada do PT.

Entre os nove deputados (de uma bancada de 63) que votaram contra os interesses do governo estão o ex-presidente da Câmara Marco Maia (RS), o ex-líder da bancada Vicentinho (SP) e o relator da MP 664 --a que restringe direitos previdenciários--, Carlos Zarattini (SP).

O PMDB também registrou mais traições do que nas votações anteriores do ajuste fiscal: 20 de seus 67 deputados votaram contra o Planalto.

Durante toda a sessão, o governo pediu aos seus aliados que não apoiassem a emenda do PTB. Mas nem mesmo a promessa do Planalto de que uma nova alternativa ao fator viria à tona em 180 dias evitou a derrota.

O PDT e o PC do B também votaram em peso contra a presidente Dilma. No PP, PSD e PTB as dissidências também foram expressivas.

Na oposição, o PSDB mais uma vez agiu de forma coesa contra Dilma. Apesar de o fator previdenciário ter sido criado no governo do tucano FHC, todos os 45 deputados da sigla que votaram apoiaram a emenda que flexibiliza a regra previdenciária.

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