segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Homenagens a Campos unem PT e oposição

Maria Lima, Sérgio Roxo - O Globo

• Esta semana, amigos e família relembram presidenciável morto em acidente de avião há um ano

- BRASÍLIA e SÃO PAULO- O PSB dará início hoje às homenagens de um ano da morte do ex- governador Eduardo Campos com um evento, no Recife, que devem unir oposição e governo. Aécio Neves, que preside o PSDB, e Rui Falcão, presidente do PT, ao lado dos governadores Geraldo Alckmin ( PSDB- SP) e Marconi Perillo ( PSDB- GO), da vice na chapa de Campos, Marina Silva, e das principais lideranças do PSB, participarão de atos que lembrarão a morte de Campos, em acidente aéreo durante a campanha presidencial.

O ato, no Recife Antigo, contará ainda com a família de Campos, que completaria hoje 50 anos. Em seguida, familiares e amigos repetirão uma tradição que Campos mantinha nos aniversários: acompanhar a missa campal em São Lourenço da Mata.

Até esta sexta- feira, as homenagens vão prosseguir com uma série de batismos de equipamentos públicos. Na quarta, uma sessão solene na Câmara lembrará a vida política de Campos e, na quinta, uma missa será celebrada na Igreja Matriz de Recife. A missa será dedicada ainda aos 10 anos da morte de Miguel Arraes, avô de Campos e também ex- governador de Pernambuco.

— ( Hoje) será um cerimonial para celebrar a vida, e não a morte, no dia em que Eduardo faria 50 anos — diz o senador Fernando Bezerra Coelho ( PSB- PE).

Um ano após a morte do exgovernador e de outros seis ocupantes do avião, dirigentes do PSB e a vice Marina dizem que Campos tem feito falta nesse momento da política brasileira:

— Se estivesse vivo, o desfecho e o quadro político e econômico não seriam diferentes. Mas ele seria uma voz equilibrada em meio ao caos, uma voz com reconhecimento nacional para ajudar a liderar a busca de um caminho — diz o presidente da Fundação João Mangabeira, o ex- governador Renato Casagrande.

— Creio que Eduardo estaria percorrendo o país para conversar com as lideranças regionais, insistindo em temas como o pacto federativo e a reforma tributária, estaria na luta. Sua presença certamente daria mais qualidade à política brasileira — diz Marina.

Sobre 2018, Beto Albuquerque, que em 2014 assumiu, depois do acidente, o papel de vice na chapa de Marina, diz que o partido disputará a Presidência:

— Só temos um caminho: o PSB tem que disputar a Presidência. Não podemos recuar.

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