terça-feira, 8 de setembro de 2015

Alckmin: campanha de Dilma no centro da Lava- Jato

• Tucano defende Aloysio Nunes e afirma que crise é culpa do governo

Tiago Dantas - O Globo

- SÃO PAULO- A abertura de investigações contra os ministros petistas Edinho Silva e Aloizio Mercadante colocaram a campanha da presidente Dilma Rousseff no centro da Operação Lava- Jato, segundo o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin ( PSDB).

Após acompanhar o desfile de 7 de Setembro, ontem, na capital paulista, o governador de São Paulo subiu o tom das críticas ao governo federal. Alckmin disse que a República não aceita “rapinagem”, “mentira” nem aumento da desigualdade e do desemprego. Ele colocou no governo a culpa pela crise econômica e criticou o ajuste fiscal.

Ao ser perguntado se a abertura das investigações contra Edinho e Mercadante leva a campanha da presidente Dilma para o centro das investigações da Lava- Jato, Alckmin respondeu que sim:

— Entendo que sim. É investigar de maneira profunda, seriamente, rapidamente e, depois, cumprir a Constituição.

Quando a pergunta foi sobre o inquérito contra Aloysio, Alckmin afir mou que não tem como alguém da oposição ter influência sobre a Petrobras:

— Todos são iguais perante a lei. Ele ( Aloysio) já se defendeu, e não tem nenhum sentido um dos principais líderes da oposição ter ascendência sobre a Petrobras ou o governo.

“Falência política”
Alckmin declarou, ainda, que a crise que o país atravessa mostra a “falência da política” e defendeu reformas no sistema político brasileiro, que, em sua opinião “está totalmente esgotado”. Por outro lado, disse estar animado com o fato de que o país esteja investigando crimes de colarinho branco:

— Há uma enorme de uma insatisfação, uma crise gravíssima, porque é uma “policrise”: você tem uma crise ética, econômica, política.

Ao ser questionado se Michel Temer ( PMDB) ser ia uma opção para reunificar o país, Alckmin declarou que o vice- presidente “tem todas as qualificações”, mas lembrou que, em sua opinião, a crise é governista e também estrutural:

— Uma grande crise econômica, ocasionada pelo governo, onde o governo não é a solução. Ele é o início da crise.

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