quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Roberto Freire: O desemprego bate à porta

- Diário do Poder

Mergulhado em uma das piores crises de sua história republicana, o Brasil governado há 13 anos pelo PT vem sofrendo cada vez mais com o desemprego, uma realidade incontornável que não pode mais ser desmentida pela propaganda oficial. Segundo os dados divulgados nesta semana pelo IBGE, a taxa de desocupação cresceu em 25 das 27 capitais do país no terceiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado. O índice alcançou 8,9%, o maior já registrado na série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, a Pnad Contínua, o que dá a medida da dramaticidade do problema.

Ao todo, são 9 milhões de brasileiros sem trabalho em todo o país. Em relação ao segundo trimestre deste ano, houve um aumento de 7% e, se a comparação é feita com o terceiro trimestre do ano passado, constata-se que o crescimento do contingente de trabalhadores sem ocupação foi de 22%. Em 11 capitais do Brasil, o desemprego já superou um índice de dois dígitos, entre as quais Salvador (16,1%), São Luís (14,1%) e Macapá (13,9%). No recorte por regiões, o maior percentual é do Nordeste (10,8%), enquanto a piora mais acentuada aconteceu no Sudeste (de 6,9% para 9% em apenas um ano).

Traduzindo os números absolutos, quase 1,3 milhão de pessoas perderam suas vagas com carteira assinada no período de um ano, desde o último trimestre de 2014. Em relação ao segundo trimestre de 2015, foram cortados quase 500 mil postos de trabalho. Já a renda média do trabalhador ficou em R$ 1.889, o que representa uma queda de 1,2% na comparação com o trimestre imediatamente anterior.

A ineficiência administrativa do atual governo e a incompetência da presidente da República se refletem diretamente na vida do trabalhador, traduzidas na forma de desemprego, inflação e queda da renda. O cenário é igualmente desolador quando se analisam os dados de outra fonte, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho. O relatório aponta que o Brasil fechou 818.918 postos de trabalho formal entre janeiro e outubro deste ano, o que corresponde a 2.694 vagas perdidas por dia ou 112 cortes por hora. Apenas em outubro, foram fechadas 169.131 vagas, no pior resultado desde 1992.

Além de infelicitar o presente, o desastre do lulopetismo penaliza os mais jovens e compromete o futuro do país. De acordo com dados da Organização Internacional do Trabalho, o Brasil registrou uma das maiores altas do mundo no índice de desemprego entre a população de 15 a 24 anos, chegando a 15,8% no primeiro semestre de 2015 (ante 13,8% do mesmo período de 2014 e 13,1% da média mundial).

Essa triste realidade, em meio ao descalabro que afeta o trabalhador mais pobre, infelizmente não poderá ser revertida sob o comando atual. Somente um novo governo, que inspire confiança na sociedade e conte com a credibilidade necessária para fazer as reformas estruturais de que o Brasil precisa, poderá tirar o país do buraco. Com Dilma e o PT, não há saída: vamos de mal a pior e continuaremos caminhando pelos próximos três anos rumo ao desastre completo. É hora de mudar a rota e devolver a esperança aos brasileiros.
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Roberto Freire é deputado federal por São Paulo e presidente nacional do PPS

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