quinta-feira, 3 de março de 2016

PIB: Economia despenca 3,8% em 2015 e Brasil tem a pior recessão desde 1990 • IBGE aponta que PIB encolheu 1,4% no 4º tri ante período anterior e 5,9% na comparação com 2014

• IBGE aponta que PIB encolheu 1,4% no 4º tri ante período anterior e 5,9% na comparação com 2014

Investimentos despencam e PIB cai 3,8% em 2015, na maior recessão desde 1990

• Indústria encolheu 6,2% no ano passado, puxada pela construção, o que levou a uma queda de 14,1% nos investimentos; dentre os setores, apenas a agropecuária teve desempenho positivo em 2015

- O Estado de S. Paulo

SÃO PAULO - A economia brasileira encolheu 3,8% em 2015, na maior recessão desde 1990, quando o Produto Interno Bruto (PIB) despencou 4,35% no governo de Fernando Collor. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que a crise econômica continuou se aprofundando no quarto trimestre do ano passado, período em que o PIB caiu 1,4% ante o trimestre anterior e 5,9% na comparação com o mesmo período de 2014.

O destaque negativo foi a queda de 14,1% dos investimentos, chamados de formação bruta de capital fixo. Segundo o IBGE, o recuo se deve à queda da produção interna e da importação de bens de capital, sendo influenciado pelo desempenho negativo do setor de construção. Em 2014, os investimentos já haviam registrado queda de 4,5%.

O resultado veio dentro do intervalo das estimativas dos analistas consultados peloAE Projeções, que esperavam uma queda entre 3,70% e 4%, com mediana de -3,9%. Em 2015, o PIB totalizou R$ 5,9 trilhões, enquanto o PIB per capita ficou em R$ 28.876, uma queda de 4,6% ante 2014.

Dentre os setores, apenas a agropecuária (1,8%) apresentou expansão em 2015. Indústria (-6,2%) e serviços (-2,7%) recuaram ante 2014. No setor industrial, as quedas foram generalizadas: construção sofreu contração de 7,6%, enquanto a indústria de transformação teve queda de 9,7%. O único destaque positivo foi o desempenho da extrativa mineral, que acumulou crescimento de 4,9% no ano.

Já dentre as atividades que compõem os serviços, o IBGE destaca que o comércio sofreu queda de 8,9%, seguido por transporte, armazenagem e correio, que recuou 6,5%.

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