terça-feira, 19 de abril de 2016

No Senado, polêmica sobre nova eleição para presidente


  • Grupo de parlamentares recolhe assinaturas para pedir pleito este ano

-BRASÍLIA- Mesmo diante da dificuldade de aprovar uma proposta de emenda constitucional (PEC) antes de 2 de outubro, um grupo de senadores anunciou ontem que começará a recolher assinaturas de apoio à realização de eleições diretas para presidente e vice-presidente da República junto com a disputa municipal deste ano. A proposta já enfrenta resistência de parlamentares que são contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff, pois, na opinião deles, os esforços devem ser concentrados em derrubar o afastamento no Senado.

Parlamentares do PT avaliam que a PEC das novas eleições pode se tornar prioridade apenas caso o vice-presidente Michel Temer assuma a presidência. Dentro do partido, há quem acredite que apoiar agora a realização de nova disputa presidencial possa ser interpretado pela opinião pública como uma admissão de derrota no processo de impeachment. Outro problema é o trâmite da proposta, que precisa ser aprovada por 3/5 dos parlamentares em duas votações na Câmara e duas no Senado.

Os defensores da PEC alegam, por sua vez, que enquanto parte da população é a favor do impeachment, há também os que não querem Temer. Paulo Paim (PTRS) acredita que a proposta pode ganhar força se o grupo conseguir engajar a população:

— A PEC é uma saída para esse confronto entre golpistas e não-golpistas. O povo é quem vai dizer quem vai ser presidente e vice.

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