sábado, 4 de junho de 2016

Pré-candidato, Molon negocia aliança com PVePPS

• Ex- petista tentará conquistar eleitorado de centro

- O Globo

O deputado federal Alessandro Molon (Rede-RJ) se reúne na próxima segunda-feira com PV e PPS para tentar fechar uma aliança em torno de sua pré-candidatura à prefeitura do Rio.

— Não é tarefa fácil vencer eleição no Rio de Janeiro contra a máquina do PMDB, contra a força e o dinheiro do PMDB, então é preciso que essa conversa (Rede, PCdoB, PSOL e PT) seja ampliada, que envolva outras forças progressistas e envolva também aqueles que não se identificam com nenhuma força política. A representação (política) está em crise, os partidos políticos todos estão em crise, é preciso conversar sobretudo com quem não se identifica com nenhum partido político — disse Molon, após reunião com os Marcelo Freixo (PSOL) e Jandira Feghali (PCdoB).


Molon foi o deputado federal mais votado pelo PT no Rio e deixou o partido no ano passado, após 18 anos. Ele não tinha apoio na legenda para disputar a prefeitura, porque o partido estava fechado com o PMDB. Ao se filiar à Rede, Molon afirmou, na ocasião, ter tomado a decisão por não perceber no horizonte possibilidades reais de serem feitas correções de rumos necessárias para o PT, em uma referência aos escândalos de corrupção que atingiram o partido nos últimos anos.

Ele enfrenta resistência em parte do eleitorado de esquerda pelo fato de a ex-senadora Marina Silva, fundadora da Rede, ter apoiado o senador Aécio Neves (PSDB-MG) no segundo turno das últimas eleições presidenciais. Aliados de Molon minimizam esse fato, afirmando que a trajetória do deputado é conhecida. A aposta do ex-petista é conquistar também o eleitorado de centro. Dividida no primeiro turno, a esquerda aposta na profusão de candidaturas para levar a disputa para o segundo turno. Nesse caso, seria formada uma frente anti-PMDB.

PMDB lançará Pedro Paulo
A exoneração do secretário municipal de Governo do Rio, Pedro Paulo (PMDB), foi publicada na última quarta-feira no Diário Oficial. Ele vai disputar a prefeitura do Rio na eleição deste ano. Com a saída da administração municipal, ele reassume o mandato de deputado federal.

Pedro Paulo pediu exoneração da pasta para atender a legislação eleitoral, que determina que candidatos deixem cargos públicos quatro meses antes do primeiro turno, que acontecerá no dia 2 de outubro. Ele manteve a candidatura mesmo após as acusações de que agrediu a ex-mulher Alexandra Marcondes. Em fevereiro, o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, determinou abertura de inquérito para investigar se ele praticou o crime de lesão corporal.

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