terça-feira, 27 de setembro de 2016

Pesquisa Datafolha: SP, Rio, BH e Recife

Doria cresce e se isola na ponta, diz Datafolha; Marta perde 5 pontos

Thais Bilenky – Folha de S. Paulo

SÃO PAULO - A seis dias do primeiro turno, o candidato João Doria, do PSDB, ampliou a vantagem e lidera isolado a disputa pela Prefeitura de São Paulo, com 30% das intenções de voto, segundo pesquisa Datafolha realizada nesta segunda-feira (26).

Em projeções de segundo turno, o tucano está numericamente à frente, mas em empate técnico com adversários.

Em segundo lugar nas simulações de primeiro turno, o deputado federal Celso Russomanno (PRB) se manteve com 22% das intenções de voto, desde o último levantamento, de quarta-feira (21).

Marta Suplicy (PMDB) caiu cinco pontos percentuais e registra agora 15%. Ela perdeu apoio sobretudo na faixa de renda de dois a cinco salários mínimos, em que despencou de 22% para 12%.

Ao longo da última semana, os adversários intensificaram os ataques contra a peemedebista, inclusive no último debate, realizado pela Record, no domingo (25).

Com a queda, Marta agora está tecnicamente empatada com o prefeito Fernando Haddad (PT), candidato à reeleição, que oscilou de 10% para 11%. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. O instituto ouviu 1.510 pessoas.

Luiza Erundina (PSOL) se manteve com 5%. Major Olímpio (SD) e Levy Fidelix (PRTB) registraram 1%. Ricardo Young (Rede), João Bico (PSDC), Henrique Áreas (PCO) e Altino (PSTU) não atingiram 1%. Votos brancos e nulos somam 12% e 4% dos eleitores não opinaram.

Considerando só votos válidos, que excluem brancos, nulos e indecisos, Doria tem 35%, seguido por Russomanno (26%), Marta (17%), Haddad (13%) e Erundina (6%).

Doria disparou entre o eleitorado menos escolarizado. De 13% da preferência registrada na semana passada, está com 23%. Na frente dele, Russomanno aparece com 27% e atrás, Marta, com 19%.

Doria fica atrás entre os mais jovens (22%, ante 25% de Russomanno, 17% de Marta e 16% de Haddad). E se sai melhor entre os mais velhos (42%, ante 22% de Russomanno), os mais escolarizados (38%, contra 15% de Haddad) e os mais ricos (55%, ante 13% do petista).

Nas simulações de segundo turno, Doria está na frente, mas em cenários embolados. Contra Russomanno, ele ficaria com 42%, ante 37% do candidato do PRB. Se disputasse com Marta, o tucano teria 45% e ela, 36%.

Em pouco mais de um mês de campanha, Doria, que tem o maior tempo de televisão no horário eleitoral gratuito, cresceu 25 pontos. Na última quarta (21), ele tinha 25%.

Afilhado do governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o mais rico da corrida, o candidato se apresenta como um empresário que está de passagem pela política, numa eleição marcada pela rejeição aos representantes tradicionais.

Filiado ao PT, sigla que vive uma crise nacional, Haddad tem a maior rejeição, de 43%. Em agosto, 49% diziam não cogitar votar no petista.

Marta é descartada por 32%, Russomanno por 30% e Erundina, 28%. Doria é rejeitado por 17%.

No Rio, Crivella mantém liderança isolada, diz Datafolha

Italo Nogueira – Folha de S. Paulo

RIO - A disputa pela última vaga no segundo turno na disputa pela Prefeitura do Rio segue acirrada com cinco concorrentes. O senador Marcelo Crivella (PRB) se manteve na liderança isolada, com 29% das intenções de voto.

A pesquisa Datafolha divulgada nesta segunda (26) mostra uma troca de posições em relação à última pesquisa entre Pedro Paulo (PMDB) e Marcelo Freixo (PSOL), com 11% e 10% respectivamente. Os dois, contudo, estão em empate técnico.

O peemedebista oscilou positivamente dois pontos, dentro da margem de erro, enquanto o candidato do PSOL manteve a taxa registrada na quinta (22).

Os dois estão em empate técnico com Flávio Bolsonaro (PSC) e Jandira Feghali (PC do B), ambos com 7%. A candidata do PC do B oscilou negativamente dois pontos percentuais.

O deputado Carlos Roberto Osório (PSDB) aparece pela primeira vez, segundo o Datafolha, em empate técnico no segundo lugar ao atingir 6% —ele oscilou positivamente dois pontos em relação ao último levantamento.

Ele trocou de posição com Índio da Costa (PSD), que nesta pesquisa aparece com 5% –tinha 6% na anterior.

A pesquisa, feita nesta segunda, entrevistou 1.144 eleitores. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou menos.

Rejeição
O Datafolha identificou um aumento na rejeição a Crivella. De acordo com o levantamento, a taxa subiu de 21% para 25%.

O senador tem sido alvo de ataque em razão de sua ligação com a Igreja Universal, da qual é bispo licenciado.

O candidato no topo da lista numérica da rejeição ainda é Pedro Paulo.
De acordo com os dados do instituto, 29% dos eleitores declararam que não votariam nele –a taxa oscilou negativamente dois pontos percentuais em relação à última pesquisa, na semana passada.

Crivella segue sendo o favorito em todos os cenários de segundo turno pesquisados pelo instituto.

A pesquisa mostra que a disputa mais apertada seria contra Índio. Neste cenário, o candidato do PRB teria 49% das intenções de voto, contra 30% do adversário.

A maior diferença seria contra Bolsonaro. Contra o candidato do PSC, Crivellia teria 51% contra 22% do candidato do PSC.

Embora o segundo lugar mantenha um empate técnico entre cinco candidatos, a troca de posições pode ter efeito neste reta final da campanha. Pedro Paulo deve manter a aposta no eleitorado de maior renda e escolaridade, mirando votos de Bolsonaro, Índio e Osório.

Ele tem buscado polarizar a disputa pela vaga ao segundo turno com Freixo e Jandira, a quem identifica como retrocesso por, segundo ele, rejeitarem parceria com a iniciativa privada.

Freixo, por sua vez, pode ganhar força no pedido de "voto útil de esquerda". O candidato do PSOL via Jandira se aproximar numericamente, mas a distância entre os dois foi para três pontos percentuais. Embora, na prática, o empate técnico se mantenha, a diferença pode pesar no argumento para convencer os eleitores.

Os eleitores de Freixo aparecem como os mais decididos (66%). Entre os que optaram por Jandira, 54% declararam que não mudariam o voto. A taxa de decisão entre os que optam por Pedro Paulo é de 60% e de Crivella, 63%.

O voto mais "volátil" é de Índio, já que 51% de seus eleitores declaram que ainda podem mudar a escolha.

Candidatos do PSDB e do PHS continuam na dianteira em BH

José Marques – Folha de S. Paulo

BELO HORIZONTE - Os dois candidatos mais bem colocados na disputa à Prefeitura de Belo Horizonte perderam pontos, mas continuam em vantagem em relação aos demais, aponta pesquisa Datafolha feita nesta segunda-feira (26).

O deputado estadual João Leite (PSDB) oscilou negativamente de 33% para 32%, enquanto o empresário Alexandre Kalil (PHS) teve uma oscilação maior: estava com 21% e agora tem 18%.

Na disputa de um eventual segundo turno, Leite abriu vantagem numérica e passou de 48% das intenções de votos para 49%, enquanto Kalil caiu de 31% para 30%. A pesquisa anterior foi feita no último dia 21.

O tucano é o candidato apoiado pelo senador e ex-governador de Minas Aécio Neves, também do PSDB, enquanto Kalil é ex-presidente do Atlético-MG e afirma que "não é político".

Com maior rejeição (30%), o segundo colocado tem sido o principal alvo de ataques dos adversários nas propagandas eleitorais e nos debates. A rejeição ao tucano João Leite é de 21%.

Depois deles, o vice-prefeito Délio Malheiros (PSD) tem a preferência nas intenções de voto. Malheiros, que tem o apoio do prefeito Marcio Lacerda (PSB), manteve os 6% da pesquisa anterior.

No entanto, está em empate técnico com outros cinco candidatos, já que a margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

O deputado federal Rodrigo Pacheco (PMDB), que tem dito que fará mudanças com auxílio do governo Michel Temer, tem 5%.

Já o também deputado Reginaldo Lopes (PT), que defende o governo dos ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff, tem 4%.

Na pesquisa anterior, Lopes também estava com 4%, mas Pacheco tinha 3% das intenções de voto.

Os candidatos Eros Biondini (PROS) e Luis Tibé (PT do B), ambos deputados federais, têm 3% cada um, assim como Maria da Consolação (PSOL). Depois deles aparecem Marcelo Álvaro Antônio (PR) e Sargento Rodrigues (PDT), com 2% cada um.

A candidata do PSTU, Vanessa Portugal, marcou 1%. Pretendem votar em branco ou nulo 15% dos entrevistados e 7% não opinaram.

O Datafolha entrevistou 1.022 pessoas em BH. A pesquisa foi registrada sob o protocolo MG-05425/2016.

Candidato à reeleição pelo PSB aumenta vantagem no Recife, diz Datafolha

João Pedro Pitombo – Folha de S. Paulo

SALVADOR - O prefeito Geraldo Júlio (PSB) consolidou-se na liderança isolada na disputa pela Prefeitura do Recife, aponta pesquisa Datafolha.

Ele aparece com 38% das intenções de voto, mesmo número do último levantamento, divulgada na quinta (22).

Já o ex-prefeito João Paulo (PT) oscilou negativamente e marca 26%. Na última pesquisa, ele tinha 29%.

Em terceiro lugar, Daniel Coelho (PSDB) oscilou positivamente um ponto, de 13% para 14%. Priscila Krause (DEM), que tinha 3%, agora tem 4%.

O candidato Edilson Silva (PSOL) marcou 2%. Carlos Augusto (PV), Simone Fontana (PSTU) e Pantaleão (PCO) não pontuaram.

Os eleitores que pretendem votar em branco ou nulo foram de 8% para 11% e os que não responderam, que eram 6%, agora são 5%.

O Datafolha também simulou um segundo turno entre Geraldo Júlio e João Paulo.

Júlio manteve 49% das intenções de voto. João Paulo, que marcava 38%, oscilou negativamente e agora tem 36%. Na pesquisa anterior, Geraldo tinha 49% contra 39% de João Paulo.

Na pesquisa espontânea, na qual não são mostrados os nomes dos candidatos, Geraldo Júlio e João Paulo têm respectivamente 29% e 19%. Daniel Coelho tem 10%, Priscila Krause tem 2% Edilson Silva tem 1%. Os demais candidatos não pontuaram.

Ao todo, 75% dos recifenses afirmam estar totalmente decididos em relação ao voto para prefeitura. O levantamento do Datafolha foi realizado nesta segunda-feira (26) com 1.024 eleitores no Recife. A margem de erro é de três pontos para mais ou menos.

Alianças
Em uma coligação de 20 partidos e com metade do tempo total de propaganda na TV, Geraldo Júlio disputa a reeleição e tenta manter no poder o grupo político do ex-governador Eduardo Campos, morto durante a campanha presidencial de 2014.

Ele tem o apoio do governador Paulo Câmara (PSB) e do ex-governador Jarbas Vasconcelos (PMDB).

João Paulo governou Recife entre 2001 e 2008, deixando a prefeitura com alto índice de aprovação. Coelho, que aparece em terceiro lugar, disputa a prefeitura do Recife pela segunda Vez. Em 2012, ele foi derrotado por Geraldo Júlio no segundo turno.

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